Ontem, 28, o Fantástico apresentou uma investigação sobre um dos golpes mais antigos do país. O chamado golpe do bilhete premiado, registrado no Brasil há mais de um século, teve sua dinâmica alterada ao longo dos anos, mas continua a focar especialmente em idosos. Apenas em São Paulo, foram registradas 382 ocorrências até dezembro de 2025, número que pode ser subnotificado.
Os golpistas costumam atuar em dupla, escolhendo vítimas em regiões próximas a agências bancárias. Bem-vestido e com discurso convincente, um deles afirma ser o dono de um bilhete premiado de loteria, mas diz não poder receber o valor por razões religiosas ou morais. O segundo aparece como um suposto desconhecido, questiona a história e chega a “confirmar” a veracidade do prêmio por meio de consultas falsas.
“Eles escolhem bem a vítima, geralmente perto de bancos, e passam uma imagem de pessoas corretas. Um diz que não pode receber o prêmio e o outro confirma os números, como se estivesse checando fontes oficiais”, afirmou um delegado em entrevista ao Fantástico.
Golpe do bilhete premiado em São Paulo
Em São Paulo, imagens exibidas pelo portal mostraram a ação dos irmãos Luiz Cláudio dos Santos e Paulo Cézar dos Santos contra um idoso de 88 anos. Paulo iniciou a abordagem, dizendo ter um bilhete premiado, enquanto Luiz Cláudio surgiu depois, fingindo não conhecê-lo, e simulou uma ligação para uma falsa gerente da Caixa Econômica Federal. Convencido de que o prêmio era real, o idoso entregou R$ 70 mil e recebeu, em troca, apenas um envelope com papéis picados.
“Parece que eles me hipnotizaram. Eu fazia tudo o que eles mandavam”, relatou a vítima.
Em outro caso, uma pessoa fez um empréstimo de R$ 100 mil após ser abordada por duas mulheres. Uma delas se apresentava como a vencedora do prêmio e ameaçava rasgar o bilhete. Mesmo desconfiada, a vítima acabou convencida depois de conversar com uma falsa “psicóloga”, que reforçou a narrativa da divisão de um prêmio estimado em R$ 13 milhões.
Em São José dos Campos, uma idosa perdeu R$ 3,25 milhões ao longo de um mês, em 14 depósitos bancários. Além de perder todas as economias acumuladas ao longo da vida, ela assumiu empréstimos antes de perceber que havia sido enganada.
Segundo a reportagem, a Polícia Civil identificou uma família especializada nesse tipo de fraude, com investigações que remontam a 2009. Enquanto Luiz Cláudio e Paulo Cézar estão presos, Viviany Araújo Estaninslau, mulher de Paulo, permanece foragida e tem prisão decretada.
A Caixa Econômica Federal reforça que não confirma bilhetes premiados por telefone ou internet, apenas presencialmente nas agências.
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Ontem, 28, o Fantástico apresentou uma investigação sobre um dos golpes mais antigos do país. O chamado golpe do bilhete premiado, registrado no Brasil há mais de um século, teve
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