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A paixão por um time de futebol pode surgir de várias maneiras, desde uma herança familiar até uma descoberta individual entre o torcedor e seu clube. Mas como explicar o amor por uma seleção que não é a de seu país? É o caso de David Pimentel, mais conhecido como David Croata.
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O alagoano de Maceió ficou famoso por seu amor à Croácia e virou figura carimbada em ano de Copa do Mundo na cidade. A relação começou no Mundial de 1998, quando David acompanhou pela televisão e se surpreendeu com a geração comandada pelo maior ídolo croata, o atacante Davor Suker. Naquele ano, os croatas caíram na semifinal para a França, dona da casa, mas foi o suficiente para encantar o brasileiro.
“A Croácia é um país com quase 4 milhões de habitantes, pequenino perto do nosso. Daí você ver uma seleção dessas fazer o que fez naquela Copa da França é absolutamente incrível. Ali eu fiquei apaixonado e decidi torcer e acompanhar essa seleção.”
Como falado no início dessa matéria, a paixão por uma equipe de futebol pode acontecer de várias formas. Por isso, além da campanha croata em 98, David teve outros elementos que o fizeram seguir o país europeu.
“Toda a história da Croácia é incrível. Eu era muito novo naquela época, e se você parar e pensar, o país não tinha nem 10 anos de independência quando chegou às semifinais da Copa. Todas as guerras que eles enfrentaram em sua história também, as cores, o uniforme quadriculado, diferente da maioria… Tudo isso me encantou e continua encantando”.
Croácia entre amigos e eternizada na família
David com o ídolo Modric – Foto: Arquivo Pessoal Em 2014 ele encontrou com Suker em Manaus – Foto: Arquivo Pessoal David e a filha Jelic – Foto: Arquivo Pessoal Em 2018, a Croácia ficou com o vice diante da França – Foto: Getty Images
Apesar de viver no Brasil, David faz questão de tentar ao máximo acompanhar o país de seu coração. Pela internet ele se informa, assiste jogos da seleção croata e ainda tem conhecido outros fãs da terra de Luka Modric e cia. E foi justamente através de amigos que ele conseguiu viajar para Zagreb e realizar um de seus maiores sonhos em 2017.
“Eu já queria viajar e comecei a me organizar para isso. Não é barato, né? Mas um casal de croatas que conheci, gostaram muito da minha história e me ajudou a ir pra lá. Foi emocionante, tive o prazer de conhecer lugares incríveis, acompanhei três jogos das Eliminatórias e conheci o Modric, Rakitic, entre outros jogadores.”
Antes, em 2014, o torcedor acompanhou a seleção croata na Copa do Mundo no Brasil, e ainda teve a chance de tirar foto com o ídolo Suker, presidente da Federação Croata, na época.
Em 2014 ele encontrou com Suker em Manaus – Foto: Arquivo Pessoal David e a filha Jelic – Foto: Arquivo Pessoal Em 2018, a Croácia ficou com o vice diante da França – Foto: Getty Images
O amor do brasileiro pelo país europeu é tão grande que ele resolveu batizar a única filha com um nome croata: Jelic. Segundo ele, a escolha nunca foi um problema, ao contrário, é uma forma de unir ainda mais pai e filha, já que os dois sempre assistem juntos a todos os jogos da Croácia.
“Ela gosta muito de acompanhar os jogos comigo, sempre me pergunta quando tem. Agora com a Copa, tanto eu quanto ela nos vestiremos todo com roupas da Croácia, ela pinta o rosto com as cores vermelho, azul e branco também. É uma maravilha. Algo nosso.”
David e a filha Jelic – Foto: Arquivo Pessoal Em 2018, a Croácia ficou com o vice diante da França – Foto: Getty Images
Em 2018 a seleção croata alcançou o seu maior feito na história. Comandada por Modric, Rakitic e Mandzukic, a equipe chegou à final da Copa da Rússia, mas acabou parando na França, ficando com o vice-campeonato.
“A França meio que está engasgada, né? Em 1998 foi nas semis e em 18 na final. Chegamos com os jogadores muito desgastados porque passamos por várias prorrogações. Nosso goleiro também não parecia estar 100%, e infelizmente não deu, mas foi maravilhoso ver aquela Copa e tudo que a Croácia conseguiu fazer, sem dúvida.”
Em 2018, a Croácia ficou com o vice diante da França – Foto: Getty Images
Apesar da paixão, David mostra ser um torcedor consciente. Com as saídas de vários jogadores da seleção, como Rakitic, e Modric (principal nome da equipe) com idade avançada, a expectativa não é a melhor para a Croácia no Qatar. Mesmo assim, ele não perde a esperança.
“Essa Copa vai ser muito difícil, até porque essa geração está acabando, não temos mais o Mandzukic, o Rakitic, entre outros. Se a Croácia passar, vamos pegar Alemanha ou Espanha, então não é fácil. Mas espero que possamos fazer uma bela Copa e chegar o mais longe possível.”
A Croácia está no Grupo F da Copa do Mundo, e estreia contra Marrocos na próxima quarta-feira (23), às 7h00 (horário de Brasília). Bélgica e Canadá completam a chave.
Após pênalti bizarro, Modric abre o placar para o Real Madrid
David Pimentel já conheceu craques como Luka Modric, viajou à Europa e ainda deu nome croata à filha
A paixão por um time de futebol pode surgir de várias maneiras, desde uma herança familiar até uma descoberta individual entre o torcedor e seu clube. Mas como explicar…
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