Análise: Apesar da SAF, futebol brasileiro precisa de novas receitas e atrativos para segurar jogadores

Em 2023, Brasil se tornou o país que mais negocia no mundo jogadores para o futebol internacional

Publicação que dá luz aos problemas

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Um artigo da Financial Times, um dos jornais de mais credibilidade do mundo, publicado em fevereiro e denominado como “Futebol brasileiro: a próxima fronteira do esporte global”, fez surgir um novo questionamento.


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Por que os clubes do futebol brasileiro, os maiores exportadores de jogadores do mundo, não é tão reconhecido no exterior como as demais ligas europeias? O exemplo de Premier League, Campeonato Espanhol (La Liga), Campeonato Italiano, e até recentemente para a MLS dos Estados Unidos.

O artigo da Financial Times dá uma série de pistas, em um estudo detalhado, principalmente no ramo financeiro, que poderiam ajudar o Brasil a deslanchar mundo a fora.

Em comparação com as ligas europeias, a divergência é eminente: as cifras em termos de dinheiro são maiores no exterior, e os campeonatos, como a Champions League, são bem mais atrativos e um sonho para os jogadores brasileiros.



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Entrada da SAF no Brasil como um novo instrumento

Com a mudança da lei em 2021, que proporcionou aos clubes brasileiros a enquadrarem seu núcleo em sistema de empresa, a chamada SAF, o futebol nacional ficou mais competitivo.

Clubes como Botafogo, Bahia, Red Bull Bragantino e Cruzeiro tiveram uma porcentagem comprada por empresários na chamada Sociedade Anônima do Futebol.

John Textor, executivo da SAF do Botafogo. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Com um modelo profissional no estilo de empresa, a ideia dos sócios além de deixarem os times extremamente competitivos, era abater dívidas que se acumulam ano após ano.

John Textor, por exemplo, como divulgado pelo próprio clube, afirma que a dívida de 1 bilhão de reais do Botafogo quando adquiriu o clube, chegou em R$ 740 milhões no fim de 2023.

Porém, nem com a chegada da SAF foi possível segurar nossas jovens promessas: jogadores ainda na base dos clubes são vendidos ao exterior, muitas vezes com multas rescisórias altíssimas, e só ficamos sabendo de seus nomes quando já em solo europeu.  

Só em 2023, de acordo com o CIES Football Observatory, o Brasil foi o país que mais exportou jogadores de futebol no mundo. Ao todo, foram 1.289 atletas negociados. Às vendas podemos atribuir as enormes dívidas que as equipes brasileiras possuem, conciliado a forte vontade dos nossos jogadores em atuar no futebol europeu.

O desenvolvimento de novas ligas no Brasil

Endrick do Palmeiras, por exemplo, nem completou 18 anos e já está vendido ao Real Madrid, em uma negociação de 72 milhões de euros (R$ 382 milhões na cotação atual).

Pela diferença da moeda e pelo cenário econômico, nenhum clube brasileiro seria capaz de oferecer essa quantia ao craque do Palmeiras. A potencialização dos clubes brasileiros poderia vir por meio de uma nova liga, como já é debatido.

Com a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), e a Liga Forte Futebol, os clubes nacionais se movimentam para vender uma parte de seus direitos televisivos a fundos interessados na negociação.

O fundo Mubdala e a corretora LCP foram alguns dos investidores que se interessaram na proposta. Caso a negociação seja concluída, os times poderão aumentar suas margens de lucro.  

Assim sendo, um campeonato nacional mais competitivo estimula e atrai investidores do mundo inteiro, e com o potencial que os jogadores brasileiros têm, é possível sim segurá-los e lutarmos por um futebol brasileiro mais atrativo.

O que dizem os torcedores nas redes sociais

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Publicação que dá luz aos problemas

Um artigo da Financial Times, um dos jornais de mais credibilidade do mundo, publicado em fevereiro e denominado como “Futebol brasileiro: a próxima fronteira do esporte global”, fez surgir um novo questionamento.

Por que os clubes do futebol brasileiro, os maiores exportadores de jogadores do mundo, não é tão reconhecido no exterior como as demais ligas europeias? O exemplo de Premier League, Campeonato Espanhol (La Liga), Campeonato Italiano, e até recentemente para a MLS dos Estados Unidos.

O artigo da Financial Times dá uma série de pistas, em um estudo detalhado, principalmente no ramo financeiro, que poderiam ajudar o Brasil a deslanchar mundo a fora.

Em comparação com as ligas europeias, a divergência é eminente: as cifras em termos de dinheiro são maiores no exterior, e os campeonatos, como a Champions League, são bem mais atrativos e um sonho para os jogadores brasileiros.

Entrada da SAF no Brasil como um novo instrumento

Com a mudança da lei em 2021, que proporcionou aos clubes brasileiros a enquadrarem seu núcleo em sistema de empresa, a chamada SAF, o futebol nacional ficou mais competitivo.

Clubes como Botafogo, Bahia, Red Bull Bragantino e Cruzeiro tiveram uma porcentagem comprada por empresários na chamada Sociedade Anônima do Futebol.

John Textor, executivo da SAF do Botafogo. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Com um modelo profissional no estilo de empresa, a ideia dos sócios além de deixarem os times extremamente competitivos, era abater dívidas que se acumulam ano após ano.

John Textor, por exemplo, como divulgado pelo próprio clube, afirma que a dívida de 1 bilhão de reais do Botafogo quando adquiriu o clube, chegou em R$ 740 milhões no fim de 2023.

Porém, nem com a chegada da SAF foi possível segurar nossas jovens promessas: jogadores ainda na base dos clubes são vendidos ao exterior, muitas vezes com multas rescisórias altíssimas, e só ficamos sabendo de seus nomes quando já em solo europeu.  

Só em 2023, de acordo com o CIES Football Observatory, o Brasil foi o país que mais exportou jogadores de futebol no mundo. Ao todo, foram 1.289 atletas negociados. Às vendas podemos atribuir as enormes dívidas que as equipes brasileiras possuem, conciliado a forte vontade dos nossos jogadores em atuar no futebol europeu.

O desenvolvimento de novas ligas no Brasil

Endrick do Palmeiras, por exemplo, nem completou 18 anos e já está vendido ao Real Madrid, em uma negociação de 72 milhões de euros (R$ 382 milhões na cotação atual).

Pela diferença da moeda e pelo cenário econômico, nenhum clube brasileiro seria capaz de oferecer essa quantia ao craque do Palmeiras. A potencialização dos clubes brasileiros poderia vir por meio de uma nova liga, como já é debatido.

Com a Liga do Futebol Brasileiro (Libra), e a Liga Forte Futebol, os clubes nacionais se movimentam para vender uma parte de seus direitos televisivos a fundos interessados na negociação.

O fundo Mubdala e a corretora LCP foram alguns dos investidores que se interessaram na proposta. Caso a negociação seja concluída, os times poderão aumentar suas margens de lucro.  

Assim sendo, um campeonato nacional mais competitivo estimula e atrai investidores do mundo inteiro, e com o potencial que os jogadores brasileiros têm, é possível sim segurá-los e lutarmos por um futebol brasileiro mais atrativo.

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