“Bet da Caixa” enfrenta rejeição de 80% em redes sociais

No domingo, 26, um novo levantamento da empresa de inteligência digital Ativaweb mostrou que a casa de apostas da Caixa Econômica Federal, conhecida como “Bet da Caixa”, teve uma recepção majoritariamente negativa nas redes sociais: 81,4% das 891.071 menções coletadas entre os dias 23 e 25 de outubro foram críticas à iniciativa.


O estudo monitorou interações nas plataformas Meta (Facebook e Instagram), X (antigo Twitter), TikTok e YouTube, durante as 48 horas seguintes ao anúncio do projeto. O resultado mostrou que o público reagiu de forma amplamente desfavorável à ideia de um banco público explorar o setor de apostas. Segundo usuários, a plataforma seria um exemplo de “incoerência estatal”.

Perfis nas redes ironizaram o governo por condenar o jogo privado enquanto criava um produto próprio para lucrar com o mesmo setor. Outros comentários acusaram a instituição de “desvio de função pública”, por atrelar sua imagem, tradicionalmente associada a programas sociais e habitação popular, a uma atividade considerada “vício popular”.

Em publicação para o Canal MyNews, Alek Maracajá, sócio da Ativaweb, comentou que o campo semântico do debate foi dominado por palavras como “hipocrisia”, “moral”, “vício”, “contradição” e “vergonha”, indicando que a discussão ganhou contornos éticos.

O impacto também chegou ao Executivo. O nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu em 282 mil menções, cerca de 31,6% do total, das quais 90% tinham teor negativo. A associação entre Lula e o lançamento da plataforma justificou, também, o pronunciamento do presidente contra o lançamento da casa de apostas que, diante da repercussão negativa, convocou o presidente da casa de apostas da Caixa para uma reunião.


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Fenae afirma que “Bet da Caixa” é desvio da missão do banco

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) também deu pronunciamento contra a criação da plataforma de apostas esportivas da Caixa, classificando a medida como um “desvio preocupante” da missão social da instituição, como publicado pela Veja.

Segundo o presidente da entidade, Sergio Takemoto, o papel da Caixa é promover o desenvolvimento social, financiar moradias, fomentar políticas públicas e atender a população mais vulnerável, e não atuar em um setor associado ao risco e à especulação.

Para Takemoto, o vício em jogos é uma questão de saúde pública e o incentivo à prática pode agravar a crise de endividamento que afeta milhões de famílias.

“Não é papel de um banco público incentivar esse tipo de jogo. A Caixa é patrimônio do povo brasileiro e deve continuar a ser instrumento de inclusão e justiça social, não de especulação e risco”, afirmou.

O dirigente reforçou ainda que o país precisa de uma Caixa “fortalecida e voltada para o bem-estar coletivo”, e não de uma instituição que adote a lógica do mercado em busca de lucro a qualquer custo.

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No domingo, 26, um novo levantamento da empresa de inteligência digital Ativaweb mostrou que a casa de apostas da Caixa Econômica Federal, conhecida como “Bet da Caixa”, teve uma recepção 


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