Brasil precisa pegar no tranco

Falei brincando com o Tite antes da Rússia, em 2018: xinga o Neymar. Fecha todos os treinos. Convoca um bagrecéfalo para a Copa. Levanta no meio da coletiva. Sai no braço com o Galvão. Faz bagunça antes do Mundial.

Brasil para levantar o caneco precisa estar de mau com a mídia e com a torcida.

Tinha que fazer de novo agora. Está tudo muito bem. De novo.

Em 1958, a Seleça saiu vaiada do Pacaembu. E não era só o clubismo e bairrismo paulista depois de um 5 a 0 no Corinthians. A imprensa do Rio não gostava do comando paulista na CBD. Deu no que deu. Em 1962, eram 14 do Mundial na Suécia. Nilton Santos, gênio da raça, tinha 37 anos. Time envelhecido para muitos. Patota. Perdeu Pelé no segundo jogo…

Deu bi.

Em 1970, 122 dias de preparação, dois treinadores, um time vaiado no último amistoso no Brasil (e quase sempre nos anteriores). E um show no México.

Deu tri.

Em 1994, Parreira, Zagallo e o futuro capitão Dunga xingados mais do que vaiados nas Eliminatórias. Time um tanto preso durante o Mundial. E ainda assim deu tetra depois de 24 anos.

No penta, quatro treinadores chamaram 104 jogadores em 18 jogos de Eliminatórias. Duas CPIs durante a preparação. Dúvidas quanto a condição do Fenômeno. Romário que todo mundo queria – menos Felipão. Deu liga. Deu penta.

Agora, o Brasil é um dos maiores favoritos. De novo.

Só precisa de treta.

Time, elenco e comissão técnica, tem de sobra. De novo.

Só precisa criar “crise” onde não tem. Outro inegável mérito do grupo bem comandado por Tite.

Sem treta não teria tetra. Nem penta. Nem nada. Tite “precisa” criar uma celeuma na Seleção.

Falei brincando com o Tite antes da Rússia, em 2018: xinga o Neymar. Fecha todos os treinos. Convoca um bagrecéfalo para a Copa. Levanta no meio da…