Com casas de apostas proibidas, Copinha abre espaço para novos patrocinadores

A proibição dos patrocínios de casas de apostas nas competições esportivas de base abriu espaço para que marcas de outros setores possam ter holofotes durante a Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha.

Hegemônicos nos times profissionais, os sites de apostas estão impedidos de aparecer nos torneios de base, incluindo a Copinha, que é o maior e mais tradicional desse segmento no país. Uma nota técnica da Secretaria de Prêmios e Apostas, publicada no fim do ano passado, trouxe essa orientação, que inclui ainda a proibição de apostas envolvendo partidas dessa modalidade de competição.

Para contornar a situação, clubes têm utilizado estratégias distintas. Alguns optaram por deixar o espaço máster da camisa sem patrocínio. É o caso do Santos, por exemplo, cujo uniforme do time profissional traz a marca da Blaze. Na Copinha, o local ocupado pelo site de apostas foi deixado em branco.

Com isso, as únicas marcas presentes na parte frontal da camisa do Peixe são as da fornecedora de material esportivo Umbro e da Canção Alimentos.

O Cruzeiro foi outro que optou por deixar vazio o espaço máster da camisa. Seu patrocinador principal na equipe profissional é a Betfair. No uniforme utilizado na Copinha, as duas únicas marcas expostas na parte frontal são a da fornecedora de materiais esportivos Adidas e da farmacêutica Cimed.

Em outros casos, clubes têm procurado firmar acordos de patrocínio máster com marcas de outros setores, para a disputa da Copinha.

É o caso do São Paulo, que traz a logo da Matrix Fitness no espaço máster da camisa. A equipe profissional do Tricolor é patrocinada pela Superbet.

Já Flamengo e Corinthians fecharam com a Xbri Pneus como patrocinadora máster durante o torneio, que será disputado até 25 de janeiro.

A equipe rubro-negra profissional traz a Pixbet no espaço principal da camisa. Já o do Corinthians é ocupado pelo Esportes da Sorte. Ambas as casas de apostas, aliás, enfrentam problemas relacionados à licença de funcionamento.

Elas vinham operando em todo o país com base em uma outorga emitida pela Loterias do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). Porém, uma liminar proferida na semana passada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o licenciamento nacional promovido pela autarquia fluminense.

Com isso, a tendência é que Pixbet e Esportes da Sorte fiquem impedidas de funcionar nacionalmente, com suas atividades tendo de permanecer restritas ao território do Rio de Janeiro.

Vale lembrar que, em outubro do ano passado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu resolução proibindo casas de apostas não licenciadas de fazerem publicidade em competições de futebol nacionais. Se esse entendimento for mantido, as duas equipes não poderão expor as marcas de seus patrocinadores fora dos limites do Rio de Janeiro.

Um outro caminho encontrado pelos clubes que disputam a Copinha é de usar o espaço principal do uniforme para divulgar seus programas de sócio-torcedor.

Esse foi o caminho escolhido pelo Ceará, com a mensagem “Seja Sócio Vozão” estampada na parte principal da camisa da equipe que participa da Copinha. O time profissional do clube tem patrocínio máster do Esportes da Sorte.

Já o Palmeiras, que recentemente trocou a Crefisa pela Sportingbet no profissional, optou por divulgar o programa Avanti durante a disputada da Copinha. Firmado em 24 de dezembro do ano passado, o patrocínio máster da casa de apostas fará sua estreia apenas no Paulistão 2025, que terá início no próximo dia 15 de janeiro.

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Clubes têm optado por trazer marcas de outros segmentos para o espaço principal da camisa ou divulgar programas de sócio-torcedor
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