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Eu sou um vendedor de ideias, vendo projetos há mais de 30 anos e aprendi da forma mais dura como se constroem sucessos de vendas. Entendo que a construção da narrativa é o cuidado mais importante, mas precisamos compreender que não adianta apenas paixão; negócios são negócios. Ninguém compra um patrocínio para ajudar uma operação.
Quero te transportar para o dia 30 de julho de 1930, uma quarta-feira como tantas outras, mas a cidade de Montevidéu, no Uruguai, amanheceu diferente, tomada por argentinos que, aos milhares, cruzaram o rio. Logo cedo, o Estádio Centenário já estava pronto para o principal evento esportivo da cidade, e provavelmente um dos mais importantes do mundo. Exatamente às 15h30, com um público que alguns textos afirmam ter sido de 93 mil pessoas, começou o jogo que mudaria a história das competições de futebol no mundo.
Talvez, no estádio, as pessoas não estivessem entendendo que estavam iniciando uma das maiores tradições do futebol mundial. Estávamos diante da final da primeira Copa do Mundo. O futebol já fazia parte dos Jogos Olímpicos desde 1900, nas competições de Paris.
A final disputada entre as seleções do Uruguai e da Argentina terminou com o placar de 4 a 2 para o Uruguai. Interessante pensar como se constrói uma tradição como essa. A decisão da Fifa de manter o torneio de quatro em quatro anos garantiu sua exclusividade e a expectativa do público. Com o tempo, isso foi vital para a organização de um evento dessa magnitude.
Entendo que são as decisões que os organizadores tomam que valorizam seus eventos. Muitas vezes foco de planejamento; outras vezes, meros acasos. A Liga dos Campeões da Uefa, a Champions League, foi introduzida em 1955, só assumindo o nome atual em 1992. Lembro da primeira final que assisti dessa competição, numa transmissão da Band da temporada 2005/2006, entre Barcelona e Arsenal, com a vitória do time catalão por 2 a 1, com o gol decisivo do brasileiro Juliano Belletti.
Por uma decisão da Uefa, provavelmente para não atrapalhar as ligas nacionais dos seus afiliados, os jogos da Champions League acontecem em dia de semana. Esta final que me refiro aconteceu numa quarta-feira, dia 17 de maio de 2006, com transmissão no fim da tarde. Algo complicado para a audiência, mesmo para os torcedores da Europa, pois o deslocamento num dia de semana é sempre complexo. Somente a partir da temporada 2009/2010, a final passou a ser disputada num sábado.
Este ano, vamos assistir ao lançamento de uma nova competição. A Fifa lançará a Copa do Mundo de Clubes, reunindo 32 equipes de todos os continentes. Como em 1930, percebemos movimentos de boicote dos europeus, mas o fato é que os clubes de todo o mundo consideram a oportunidade de enfrentar os maiores clubes do mundo e, quem sabe, chegar a uma final que será um marco importante.
Em 1930, algumas seleções descartaram a oportunidade de participar, em parte pela distância, em parte pela crise econômica e por discordarem da escolha do Uruguai como sede, apesar do país ser vencedor das medalhas de ouro do futebol nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928. O fato é que, entre as 13 primeiras seleções participantes da Copa do Mundo, da Europa só estavam: França, Iugoslávia, Romênia e Bélgica.
O lançamento deste novo campeonato demonstra uma disputa política cada vez mais acirrada entre Fifa e Uefa pela supremacia das competições. Uma prova da força da Champions League é a forte venda de direitos de exibição. O torneio é transmitido para todo o mundo e vem conquistando números de audiência cada vez maiores. Para demonstrar sua expansão, hoje o perfil da competição no Instagram conta com 118 milhões de seguidores.
Desde que comecei a acompanhar esses números, não vi nenhuma outra competição esportiva ou associação esportiva do mundo superando esse total de seguidores. Em segundo lugar, temos a NBA, com 89 milhões de seguidores, para termos uma ideia da dimensão dessa diferença.
A Fifa já lançou o perfil do Mundial de Clubes, que conta no momento com 1 milhão de seguidores, e não está poupando esforços para promover o evento, que acontecerá entre 14 de junho e 13 de julho, com 32 times em 11 cidades dos Estados Unidos. Diferente de 1930, a Fifa já definiu a participação dos clubes. Também já garantiu a atenção do torneio, pois não haverá competição de futebol das principais ligas nesse período.
A pergunta do mercado é se a Fifa vai estabelecer um novo hábito, alternando com a Copa do Mundo de quatro em quatro anos, gerando mais sucesso de público e faturamento. O fato é que o interesse por clubes agrega menos paixões da audiência que as seleções.
Como em 1930, algumas seleções descartaram a oportunidade de participar, e hoje vemos clubes dando pouco destaque em seu planejamento para o torneio. Vencer talvez seja uma missão para poucos, mas para mim é evidente que as marcas que estarão nos Estados Unidos, no meio do ano, terão uma projeção mundial muito interessante.
Já coloquei o torneio na minha agenda. E você?
Regi Andrade é um vendedor de ideias especializado na área comercial de veículos de comunicação, tendo trabalhado em TV aberta, TV fechada, internet, jornal, rádio, revistas e eventos. Hoje, como diretor comercial da Máquina do Esporte, orienta clientes a maximizarem seus investimentos em mídia e patrocínios por meio de projetos de comunicação, além de contribuir com artigos sobre publicidade e patrocínio
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Desafio da entidade será estabelecer um novo hábito, alternando com a Copa do Mundo de quatro em quatro anos, gerando mais sucesso de público e faturamento
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