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Em 1958, quase toda a imprensa paulista queria Luizinho, o Pequeno Polegar, então o maior craque da história do Corinthians, ao menos na reserva de Didi (Botafogo). Foi o rubro-negro Moacir. Como Canhoteiro (São Paulo) também tinha bola para disputar a ponta-esquerda com Zagallo (Flamengo) e Pepe (Santos). Na outra ponta, Joel (Flamengo) foi para a Suécia por Julinho Botelho (Fiorentina) abrir mão da Seleção por não achar “justo” alguém que atuava na Itália jogar pelo Brasil no Mundial…
Outros tempos. Cabeças e corações.
Foram as primeiras grandes polêmicas de convocações para as Copas. Sem contar que não eram poucos que achavam “prematuro” chamar Pelé, 17. Ainda mais com a lesão dele no amistoso contra o Corinthians, no Pacaembu. Falavam de favorecimento aos paulistas de Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação. A Seleção tinha Dida, craque do Flamengo, para a função.
Não precisava…
Como em 1962, no Chile, se achava que era muito levar 14 campeões de 1958. “Panelinha” já tinha dado muita coisa. Então, chega. Nilton Santos (Botafogo) estava com 37 anos. “Gênio, mas muito velho”… Sei…
Sabemos. Brasil bicampeão.
Em 1966, uma vergonha. Foram chamados por politicalha 46 nomes. Eram quatro times. Não deu um. Servilio (Palmeiras) era o melhor em forma um mês antes do Mundial. Foi cortado. Paraná (São Paulo) estava com um corte feio na perna. Foi pra Inglaterra.
Em 1970, a melhor seleção de todas as Copas (também por ter se preparado por 112 dias) teve seus crimes lesa-bola. O cruzeirense Dirceu Lopes de fora. Djalma Dias (Santos) podia ter jogado em 1966 e 1970. O goleador Toninho Guerreiro (São Paulo) foi cortado por sinusite?! E ainda assim foi o melhor campeão mundial.
Em 1974, estavam quase todos os craques. Mas mal conduzidos por Zagallo. Ainda que o bisturi afiado de Lídio de Toledo tenha deixado marcas em Clodoaldo e Carlos Alberto Torres, que sempre contestaram seus cortes por lesão.
Em 1978, o maior acinte das Copas foi o craque brasileiro de 1975-76 Falcão (Inter) não ser levado para a Argentina por Cláudio Coutinho. Em 1982, Leão (Grêmio) seguia sendo o goleiro espetacular que sempre foi. Mas Valdir Peres (São Paulo) segurova bem as pontas até o Mundial.
Em 1990, João Paulo tinha sido o melhor atacante da Série A pelo Bari. Não foi chamado por Sebastião Lazaroni. Neto (Corinthians) comeu a bola no segundo semestre. Mas já estava bem. Podia entrar no lugar do muito jovem Bismack ou do muito rodado Tita (ambos do Vasco).
Em 1994, a Via Láctea da Parmalat tinha Evair, Edmundo, César Sampaio, Roberto Carlos, Antonio Carlos e Cléber para contribuir com Parreira. Marcelinho Carioca já jogava demais pelo Corinthians. Rivaldo tinha caído de produção no Parque São Jorge. Júlio César seguia um zagueiraço esquecido na Europa. Todos convocáveis. Mas não foram “necessários” no tetra.
Em 1998, Romário (Flamengo) foi cortado por lesão e ainda não engoliu a saída via Lídio. A Seleção tinha outros ótimos nomes para o ataque. Mas nenhum barulho maior além do Baixinho.
Em 2002, Djalminha não foi penta por deixar a cabeça no treinador Javier Irureta (La Coruña), em um treino. Alex (Palmeiras) foi uma surpresa a ausência. Como não seriam Amoroso, Elber e Sonny Anderson se tivessem sido chamados. Mas nem Romário (Vasco) foi convocado. Mesmo com a pressão do presidente Ricardo Teixeira para que fosse lembrado. Felipão sentiu que Romário não tinha sido parceiro na primeira convocação, no Uruguai, e não voltou mais com o treinador.
Em 2006, a Seleção de Parreira vinha tão bem que não tinha o que cornetar ba lista de 23. Era aquilo. Pena que não foi. Como foi lamentável que Dunga não tenha levado os santistas Neymar e Ganso em 2010. O resultado final poderia ter sido o mesmo. Mas a bronca seria menor da arquibancada e das tribunas de imprensa. Já em birra pela ausência de craques como Adriano e Ronaldinho Gaúcho, então distantes do ideal técnico, físico e profissional.
Em 2014, eu teria levado 22 dos 23 nomes de Felipão. Só trocaria Henrique (Napoli) por Miranda (Atlético de Madrid) para a reserva da zaga. Mudaria nada.
Em 2018, Luan (Grêmio) foi ausência discutível. Então… No mais, era mais ou menos aquilo mesmo. Como em qualquer escolha, dá para trocar uns cinco, seis nomes. Sem mudar muita coisa.
Nenhuma para colocar torcedor no vidro da frente do ônibus da delegação rumo ao Mundial.
Como o barulho feito pelo chamado de Tite do jogador mais vencedor da história do futebol como reserva da lateral-direita… Daniel Alves também merece a confiança pela falta de maior qualidade e/ou eficiência e/ou experiência internacional da concorrência limitada.
Polêmicas de chamados
Em 1958, quase toda a imprensa paulista queria Luizinho, o Pequeno Polegar, então o maior craque da história do Corinthians, ao menos na reserva de Didi (Botafogo)….
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