Do Brasileirão à NFL: Criadores ampliam o alcance que faltava às propriedades e mídias esportivas

A mídia esportiva vive uma transição estrutural. O modelo baseado em audiência massificada, distante e mediada apenas pela TV aberta ou pelo streaming oficial já não sustenta o interesse das novas gerações. Em seu lugar, cresce a lógica da comunidade: criadores de conteúdo deixaram de ser comentaristas paralelos para ocupar o centro da transmissão, transformando o ato de assistir em uma experiência de proximidade.


O Brasileirão é o novo exemplo dessa mudança. A 1190 Sports fechou um acordo com a Creator Sports Network (CSN) para transmitir, até 2026, uma partida por rodada do torneio nos EUA e Canadá, com áudio em inglês e espanhol, e influenciadores digitais no comando via YouTube e Twitch. É a primeira vez que a principal liga do país chega ao público norte-americano narrada pelas vozes da comunidade digital, reposicionando criadores como protagonistas de uma competição nacional no exterior.

O fenômeno do “watchalong” (“assistir junto”, em tradução livre) sintetiza essa virada: transmissões comandadas por criadores ampliam audiência, oferecem inventários mais segmentados e valiosos a patrocinadores e aproximam os fãs do esporte com autenticidade e emoção.

Movimento global

Sim, trata-se de um movimento global. Eis alguns exemplos:

  • Gaules: pioneiro no formato no Brasil, inaugurou o modelo de transmissões com criadores, em ligas como NBA e Stock Car. Posteriormente, o projeto foi replicado e ampliado com a CazéTV.
  • Bundesliga: contrato no Reino Unido inclui BBC, Sky, Amazon e criadores no YouTube como That’s Football (Mark Goldbridge) e The Overlap (Gary Neville e Jamie Carragher), alcançando até 87% da população britânica com uma estratégia multicanal (leia mais).
  • Jogos Olímpicos: o Comitê Olímpico Internacional (COI) triplicou o engajamento desde 2020, alcançando 500 milhões de interações mensais; no Brasil, o projeto “Paris é Brasa” levou influenciadores a Paris 2024 para complementar as narrativas do jornalismo tradicional.

As consequências são profundas. Os direitos de transmissão deixaram de ser monopólio de conglomerados midiáticos e passaram a ser compartilhados com plataformas digitais e criadores, agora parceiros estratégicos. O valor não está apenas na exclusividade do sinal, mas na capacidade de gerar comunidades engajadas em torno do esporte.


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Interesse das novas gerações é sustentado pela lógica da comunidade e a transformação do ato de assistir em uma experiência de proximidade
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