Eleito presidente, Odorico Roman trará ex-Orlando City para CEO do Grêmio

Eleito presidente no último sábado, Odorico Roman já tem um dos nomes chave para a nova gestão do Grêmio para o período entre 2025 e 2028: Alex Leitão. O ex-CEO do Orlando City. O executivo, que trabalhou no Athletico até julho de 2024, passou mais recentemente pelo Neom Sports Club, da Arábia Saudita.


A relação entre Roman e Leitão começou há três anos, quando o então candidato gremista convidou o executivo para o mesmo cargo. Na ocasião, porém, o dirigente foi derrotado na eleição pelo atual presidente do Tricolor Gaúcho, Alberto Guerra.

“Quando ele passou a concorrer neste ano, me fez o convite novamente e aceitei”, conta Leitão, à Máquina do Esporte direto dos EUA, onde reside atualmente.

“Evidente clube desse tamanho me deixou animado e interessado. Agora relação passou a ser de realidade em função da vitória nos sábado”, completa.

Perfil

Roman, que disputou pela chapa 2, recebeu 15.311 votos (68,84%) na Assembleia Geral realizada na Arena do Grêmio no último sábado (8), com votação presencial e online. Paulo Caleffi, da chapa 1, teve 6.704 votos (30,14%), ficando em 2º lugar.  Houve ainda 225 votos em branco (1,01%).


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Dos 39.041 sócios aptos a votar, 22.240 participaram do pleito. Segundo o Grêmio, esse número representa o maior índice de participação dos associados em eleições na história do Imortal.

Economista aposentado do Banco do Brasil, o novo presidente é natural de Guaporé (RS). Sócio do clube desde 1980, tornou-se conselheiro em 2010. Foi vice-presidente durante a gestão de Fábio Koff.

Com Romildo Bolzan Jr. na presidência, exerceu os cargos de diretor e vice-presidente do Departamento de Futebol . Nesse período, o Grêmio conquistou suas últimas glórias nacionais e internacionais, com os títulos da Copa do Brasil 2016 e da Libertadores 2017.

Dívidas

Futuro CEO, Leitão afirma que ainda não tomou pé da situação financeira do clube em detalhes. Segundo o relatório Convocados, o Grêmio teve receita total de R$ 489,8 milhões em 2024, o que representa um aumento de 8% em relação à temporada anterior.

O endividamento, porém, subiu de R$ 441 milhões em 2023 para R$ 525 milhões no ano passado, o que representa um crescimento de 19,05% nos débitos. Um dado mais preocupante é que, desse total, R$ 304 milhões (ou 57,9% do total) são dívidas de curto prazo.

“O último balanço que tivemos acesso data do meio deste ano. Vamos ter a real situação quando tivermos posse das informações. Por enquanto não tenho a profunda realidade como está o clube”, afirma Leitão, que deve assumir após a posse da nova diretoria, marcada para segunda quinzena de dezembro.

Estádio

Nem tudo é má notícia para a futura gestão. O empresário Marcelo Marques, dono da Marquespan, anunciou em julho a compra de dois terços da dívida relativa ao financiamento da Arena do Grêmio, que estavam nas mãos da Revee, por R$ 80 milhões. A parte restante dos débitos já havia sido recuperada pelo Tricolor Gaúcho, em 2024.

O valor total do negócio é de R$ 130 milhões e inclui a aquisição da gestão do estádio (por R$ 50 milhões), que hoje é feita pela Arena Porto-Alegrense, empresa do Grupo Metha (antiga OAS, construtora do estádio).

Marques doou tudo ao Grêmio sem exigir contrapartida. O empresário chegou a se lançar candidato a presidente do clube, mas desistiu da disputa, apoiando Roman.

“Isso é extraordinário. Não existe alguma coisa parecida em qualquer outro clube no mundo: um torcedor tomar decisão de adquirir o estádio e doar para o clube”, espanta-se Leitão.

“Agora passa a ser nossa obrigação fazer um trabalho excelente para que o estádio possa gerar receita para os investimentos do Grêmio”, ressalta.

Naming rights

Outro desafio relacionado a isso é acertar a venda dos naming rights da Arena do Grêmio. Inaugurado em 2012, o estádio jamais conseguiu atrair uma empresa para a compra de seus direitos de nomeação. A falta de parceiro para o local, limitou o caixa do Grêmio.

“Nosso desejo é começar a trabalhar desde já na busca desse parceiro para o clube. Evidentemente existe a contrapartida financeira, mas os naming rights devem ter um parceiro estratégico, com contrato de longo prazo. É um trabalho que precisamos realizar”, destaca o futuro CEO.

Leitão conta que é preciso primeiro entender o inventário de propriedade para, a partir daí, formatar pacotes para um patrocínio deste tamanho.

“Vamos com tranquilidade e, ao mesmo tempo, com urgência tratar desse assunto”, afirma ele.

Equipe

Leitão afirma que, a princípio, não irá levar nenhum novo nome para assumir outras funções estratégicas dentro da estrutura administrativa do Grêmio.

“Quero primeiro chegar no clube e dar oportunidade para as pessoas que estão lá poderem apresentar seus trabalhos”, destaca o executivo.

“Claro que tem uma ou duas posições da nossa confiança. Mas o pensamento é chegar ao clube primeiro e conhecer a equipe que lá se encontra”, conta.

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Em entrevista, Alex Leitão fala sobre desafios que terá pela frente na questão de finanças, busca de naming rights de estádio e formação de equipe
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