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Entre os times que subiram para o Brasileirão da Série B deste ano, o Volta Redonda possui algumas singularidades. Ele é o mais jovem, enquanto instituição, tendo sido fundado em 1976 (embora o Athletic-MG tenha ingressado no futebol profissional há menos tempo, apenas em 2018).
Dentre os times que conquistaram o acesso no ano passado, o Voltaço é também o único clube associativo. Os demais (Athletic-MG, Ferroviária e Remo) são Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs).
O Volta Redonda é tema da última reportagem da série da Máquina do Esporte sobre os clubes que subiram para a Série B de 2025.
O surgimento do clube foi motivado pela fusão dos estados da Guanabara (que englobava a cidade do Rio de Janeiro, antigo Distrito Federal, antes da inauguração de Brasília) e do Rio de Janeiro, que reunia os municípios do interior, tendo Niterói como capital.
Naquele mesmo ano, 1975, as entidades que representavam o esporte nos dois estados também foram unificadas na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
Com isso, a Liga de Desportos de Volta Redonda iniciou o movimento pela criação de um time que representaria a cidade no novo estadual.
O município contava com dois clubes profissionais, o Flamenguinho de Volta Redonda e o Guarani. Como o primeiro estava diretamente envolvido na campanha, sua diretoria tentou fazer com que o time fosse escolhido para representar a cidade no campeonato.
A ideia, porém, enfrentou resistência, uma vez que o time ostentava o nome do clube de maior torcida do estado. Diz a lenda que o almirante Heleno de Barros Nunes, então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CDB) e vascaíno confesso teria afirmado, à época: “Já basta um Flamengo no mundo”.
E assim, a alternativa que restou foi criar um clube com o nome da própria cidade, que levava as cores amarela e preta, do brasão do município, e mandava os jogos no Estádio Raulino de Oliveira, então pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
O Volta Redonda, apesar de jovem, está longe de ser um debutante nas principais divisões do futebol brasileiro. Entre 1976 e 1978, o clube disputou a Série A, numa época em que a competição costumava ser constantemente inchada, de modo a atender aos interesses políticos da Ditadura.
Em 1982, o Voltaço participou da Taça de Prata, equivalente à atual Série B. Seu maior feito no campeonato,foi derrotar o Operário-MT (de Várzea Grande, que não deve ser confundido com o de Campo Grande, hoje capital do Mato Grosso do Sul) por 8 a 0.
Durante 24 anos, essa foi a maior goleada da Série B, sendo superada apenas pelo 9 a 0 aplicado pelo Paulista sobre o Paysandu, em 2006.
Depois disso, o Volta Redonda retornaria à segunda divisão, após alcançar o vice-campeonato da Série C de 1995. Seu momento mais glorioso viria em 2003, quando conquistou a Taça Guanabara (primeiro turno do estadual) e ficou com o vice do Campeonato Carioca (o título foi para o Fluminense, com um gol no último minuto).
Nova fase
Desde então, o Volta Redonda vinha atravessando altos e baixos, até que, em 2014, Flávio Horta foi eleito presidente do clube, por aclamação. Foi durante o mandato dele, em 2016, que o time conquistou seu primeiro título nacional, a Série D de 2016.
“O segredo da gestão é o foco nos ajustes necessários para o futebol e o investimento em pessoas, sempre priorizando a competência nos diferentes setores do clube”, afirma Mateus Soares, gerente de comunicação e marketing do Volta da Redonda.
A filosofia adotada pela diretoria consiste tentar obter o máximo possível de rendimento, a partir de investimentos “pés no chão”. Segundo Soares, na Série C do ano passado, o clube tinha a 16ª folha de pagamento da competição. Acabou ficando com a taça de campeão.
Na Série B deste ano, o Volta Redonda possui a 20ª folha de pagamento. Se conseguirá repetir a façanha, ainda é cedo para dizer. A estreia na competição, neste domingo (6), não foi das mais promissoras. O time perdeu do Cuiabá em casa, por 1 a 0.
Departamento de marketing
Com um caixa limitado, por muito tempo o Volta Redonda não teve condições de realizar grandes investimentos em áreas que se tornaram estratégicas no esporte, como a comunicação e o marketing.
Até o ano passado, o trabalho estava a encargo de um assessor de imprensa e de um fotógrafo. Com a conquista do acesso à Série B, Soares viu que era o chegado o momento de profissionalizar o setor.
A direção aceitaria implantar o setor, desde que ele conseguisse patrocínios para custear a estrutura. Foi assim que Soares decidiu criar planos voltados às plataformas oficiais do clube nas redes da Meta (Facebook e Instagram) e no YouTube.
“Com isso, conseguimos arrecadar três vezes mais do que o previsto no orçamento. Poderemos bancar nossa equipe de comunicação e marketing até o fim do ano, e ainda sobrou dinheiro para ajudar no futebol”, comemora Soares.
Sócio-torcedor
A profissionalização do setor de marketing permite ao Volta Redonda sonhar alto em outras áreas. Uma delas envolve o programa de sócio-torcedor, que hoje conta com um número pequeno de adeptos.
“Nossa meta é chegar a 5 mil sócios, até o fim do ano. Teremos planos acessíveis, a partir de R$ 39,90. Estamos fechando com um clube de vantagens da cidade, que tem em torno de 70 parceiros. E vamos lançar uma série de experiências, com sorteio de ingressos e camarotes, cobranças de pênaltis nos intervalos, encontros com jogadores”, diz Soares.
A tarefa de crescer e ampliar sua base de fãs não é simples, pois o Volta Redonda enfrenta a concorrência (“cruel”, brinca o gerente) dos grandes clubes da capital, em especial do Flamengo, time de maior torcida do Brasil.
Por isso, o clube tem buscado criar a conexão a população local. “Somos mais que um time. Somos uma cidade”, afirma.
O clube dividiu o patrocínio máster em três cotas. A primeira é ocupada pela casa de apostas Betesporte. A segunda hoje está vaga. A terceira pertence à Cinbal, de Volta Redonda.
Equipe quer reforçar conexão com a “Cidade do Aço” e alcançar a marca de 5 mil sócios, até o fim deste ano
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