Estudo aponta que mercado regulamentado de apostas deve movimentar R$ 28 bilhões e gerar 15 mil empregos qualificados no Brasil

Levantamento apresentado pela ANJL e IBJR aponta impacto positivo do mercado legalizado de apostas na economia nacional.


São Paulo.- O levantamento “Panorama do Mercado de Apostas de Quota Fixa”, apresentado na terça-feira (11), mostra que o mercado de apostas esportivas de quota fixa, regulamentado desde janeiro de 2025, já se consolidou como um dos motores da nova economia brasileira.

Elaborado pela LCA Consultores Econômica e pela Cruz Consulting a pedido do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) e da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), o estudo indica que, segundo a Receita Federal, o setor já acumula R$ 7,5 bilhões (US$ 1,28 bilhão) em capital próprio investido, com potencial de gerar até R$ 28 bilhões (US$ 4,77 bilhões) em demanda adicional em outros segmentos produtivos.

O estudo aponta que o mercado formal de apostas deve movimentar R$ 36 bilhões (US$ 6,13 bilhões) em faturamento das operadoras apenas em 2025, além de gerar cerca de 10 mil empregos diretos e 5,5 mil indiretos. Desde a aprovação da Lei nº 14.790/23, o número de vínculos formais no setor triplicou, com destaque para o elevado nível de qualificação da força de trabalho: 65% dos profissionais têm ensino superior completo ou incompleto, e 47% ocupam cargos que exigem formação técnica ou superior, segundo dados da Rais. O salário médio no segmento é de R$ 7 mil (US$ 1.192), mais que o dobro da média nacional de R$ 3,2 mil (US$ 545), e 63,8% dos trabalhadores recebem acima de quatro salários mínimos.


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Os empregos diretos no setor legal de apostas geram uma massa salarial anual de R$ 460 milhões (US$ 78,4 milhões), além de R$ 87 milhões (US$ 14,8 milhões) em encargos sociais que contribuem para o financiamento de áreas de proteção social. Segundo o estudo, esse volume de renda tem um efeito multiplicador relevante, com potencial de alcançar R$ 1 bilhão (US$ 170,2 milhões) em renda total na economia nacional ao longo do tempo.

De acordo com estimativas da LCA Consultores, com base no Modelo de Insumo-Produto (MIP), cada R$ 1,00 (US$ 0,17) gerado diretamente pelo setor de apostas pode representar até R$ 2,21 (US$ 0,38) em renda total na economia, considerando os efeitos diretos, indiretos e induzidos.

Com a regulamentação, o mercado legal de apostas também estimulou a criação de 67 novas ocupações formais, exigindo competências técnicas e gerenciais alinhadas à crescente complexidade tecnológica do setor. Entre as novas funções destacam-se desenvolvedor de sistemas, analista de pesquisa de mercado, designer de produto e analista de riscos.

“O mercado regulado de apostas representa um novo ciclo de oportunidades para o Brasil, com investimentos, empregos formais e contribuição social. Trata-se de um setor recém-regulamentado, tecnológico e de alto valor agregado, que movimenta toda uma cadeia produtiva ligada ao esporte, marketing e entretenimento”, afirma André Gelfi, diretor conselheiro e cofundador do IBJR.

Veja também: André Gelfi, IBJR: “Quanto mais caro for operar legalmente, maior é a chance de que plataformas clandestinas ganhem espaço”

Arrecadação e impacto social

A arrecadação total estimada para o setor de apostas até o final de 2025 é de R$ 9 bilhões (US$ 1,53 bilhão), segundo projeção da LCA Consultores. O montante considera tributos como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e ISS, além da contribuição de 12% sobre o faturamento bruto (GGR).

De acordo com o estudo, essa arrecadação tem destinação obrigatória para áreas sociais, o que corresponde ao financiamento anual de 5.136 policiais, 7.421 professores do ensino básico e 23 unidades básicas de saúde (UBS) em todo o país.

“A regulamentação do mercado de apostas já demonstra sua capacidade de gerar resultados concretos para o país. São bilhões de reais retornando à sociedade na forma de impostos, investimentos e empregos qualificados. Esse é o efeito de um setor que opera dentro das regras e contribui diretamente para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirmou Plínio Lemos Jorge, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL).

Futebol nacional: maior parceria

O levantamento também aponta que o setor de apostas se tornou o principal patrocinador do futebol brasileiro. Em 2025, 18 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro masculino contam com casas de apostas como patrocinadoras master, somando R$ 1,1 bilhão (US$ 187 milhões) em investimentos por temporada.

Para fins de comparação, o montante equivale ao valor total pago em cinco títulos da Libertadores, oito conquistas da Copa do Brasil ou 23 títulos do Campeonato Brasileiro. Em média, os clubes da elite nacional recebem 2,6 vezes mais em patrocínios de operadoras de apostas do que em premiações esportivas, reforçando a importância do segmento para a sustentabilidade financeira do futebol.

Segundo o estudo, sem esse apoio, os clubes da Série A precisariam alcançar resultados esportivos excepcionais para manter seu planejamento e equilíbrio orçamentário.

“O patrocínio das operadoras legalizadas tem papel decisivo para manter o futebol competitivo e financeiramente saudável. O mercado ilegal, que não paga impostos nem apoia o esporte, é o verdadeiro risco para o futuro do jogo”, afirmou André Gelfi, diretor conselheiro e cofundador do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR).

Regulação e futuro

A regulamentação do mercado de apostas marcou um avanço inédito em segurança e transparência no setor. As novas regras abrangem licenciamento de operadoras, rastreabilidade de pagamentos, identificação facial de usuários e mecanismos de jogo responsável, estabelecendo padrões para o funcionamento legal das plataformas no país.

O estudo destaca que o avanço da regulação, que também inclui fornecedores, meios de pagamento e publicidade, é essencial para consolidar o ambiente de negócios, proteger o consumidor e reduzir a atuação do mercado ilegal, que ainda responde por cerca de 50% das apostas no Brasil.

“O avanço da regulação é o que garante previsibilidade, segurança jurídica e confiança para operadores e consumidores. Estamos construindo um mercado sólido, transparente e competitivo, capaz de atrair novos players, proteger o apostador e combater o jogo ilegal, que somente traz prejuízos ao país”, afirmou Plínio Lemos Jorge, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL).

Levantamento apresentado pela ANJL e IBJR aponta impacto positivo do mercado legalizado de apostas na economia nacional.

São Paulo.- O levantamento “Panorama do Mercado de Apostas de Quota Fixa”, apresentado na terça-feira (11), mostra que o mercado de apostas esportivas de quota fixa, regulamentado desde janeiro de 2025, já se consolidou como um dos motores da nova economia brasileira.

Elaborado pela LCA Consultores Econômica e pela Cruz Consulting a pedido do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) e da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), o estudo indica que, segundo a Receita Federal, o setor já acumula R$ 7,5 bilhões (US$ 1,28 bilhão) em capital próprio investido, com potencial de gerar até R$ 28 bilhões (US$ 4,77 bilhões) em demanda adicional em outros segmentos produtivos.

O estudo aponta que o mercado formal de apostas deve movimentar R$ 36 bilhões (US$ 6,13 bilhões) em faturamento das operadoras apenas em 2025, além de gerar cerca de 10 mil empregos diretos e 5,5 mil indiretos. Desde a aprovação da Lei nº 14.790/23, o número de vínculos formais no setor triplicou, com destaque para o elevado nível de qualificação da força de trabalho: 65% dos profissionais têm ensino superior completo ou incompleto, e 47% ocupam cargos que exigem formação técnica ou superior, segundo dados da Rais. O salário médio no segmento é de R$ 7 mil (US$ 1.192), mais que o dobro da média nacional de R$ 3,2 mil (US$ 545), e 63,8% dos trabalhadores recebem acima de quatro salários mínimos.

Os empregos diretos no setor legal de apostas geram uma massa salarial anual de R$ 460 milhões (US$ 78,4 milhões), além de R$ 87 milhões (US$ 14,8 milhões) em encargos sociais que contribuem para o financiamento de áreas de proteção social. Segundo o estudo, esse volume de renda tem um efeito multiplicador relevante, com potencial de alcançar R$ 1 bilhão (US$ 170,2 milhões) em renda total na economia nacional ao longo do tempo.

De acordo com estimativas da LCA Consultores, com base no Modelo de Insumo-Produto (MIP), cada R$ 1,00 (US$ 0,17) gerado diretamente pelo setor de apostas pode representar até R$ 2,21 (US$ 0,38) em renda total na economia, considerando os efeitos diretos, indiretos e induzidos.

Com a regulamentação, o mercado legal de apostas também estimulou a criação de 67 novas ocupações formais, exigindo competências técnicas e gerenciais alinhadas à crescente complexidade tecnológica do setor. Entre as novas funções destacam-se desenvolvedor de sistemas, analista de pesquisa de mercado, designer de produto e analista de riscos.

“O mercado regulado de apostas representa um novo ciclo de oportunidades para o Brasil, com investimentos, empregos formais e contribuição social. Trata-se de um setor recém-regulamentado, tecnológico e de alto valor agregado, que movimenta toda uma cadeia produtiva ligada ao esporte, marketing e entretenimento”, afirma André Gelfi, diretor conselheiro e cofundador do IBJR.

Veja também: André Gelfi, IBJR: “Quanto mais caro for operar legalmente, maior é a chance de que plataformas clandestinas ganhem espaço”

Arrecadação e impacto social

A arrecadação total estimada para o setor de apostas até o final de 2025 é de R$ 9 bilhões (US$ 1,53 bilhão), segundo projeção da LCA Consultores. O montante considera tributos como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e ISS, além da contribuição de 12% sobre o faturamento bruto (GGR).

De acordo com o estudo, essa arrecadação tem destinação obrigatória para áreas sociais, o que corresponde ao financiamento anual de 5.136 policiais, 7.421 professores do ensino básico e 23 unidades básicas de saúde (UBS) em todo o país.

“A regulamentação do mercado de apostas já demonstra sua capacidade de gerar resultados concretos para o país. São bilhões de reais retornando à sociedade na forma de impostos, investimentos e empregos qualificados. Esse é o efeito de um setor que opera dentro das regras e contribui diretamente para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirmou Plínio Lemos Jorge, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL).

Futebol nacional: maior parceria

O levantamento também aponta que o setor de apostas se tornou o principal patrocinador do futebol brasileiro. Em 2025, 18 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro masculino contam com casas de apostas como patrocinadoras master, somando R$ 1,1 bilhão (US$ 187 milhões) em investimentos por temporada.

Para fins de comparação, o montante equivale ao valor total pago em cinco títulos da Libertadores, oito conquistas da Copa do Brasil ou 23 títulos do Campeonato Brasileiro. Em média, os clubes da elite nacional recebem 2,6 vezes mais em patrocínios de operadoras de apostas do que em premiações esportivas, reforçando a importância do segmento para a sustentabilidade financeira do futebol.

Segundo o estudo, sem esse apoio, os clubes da Série A precisariam alcançar resultados esportivos excepcionais para manter seu planejamento e equilíbrio orçamentário.

“O patrocínio das operadoras legalizadas tem papel decisivo para manter o futebol competitivo e financeiramente saudável. O mercado ilegal, que não paga impostos nem apoia o esporte, é o verdadeiro risco para o futuro do jogo”, afirmou André Gelfi, diretor conselheiro e cofundador do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR).

Regulação e futuro

A regulamentação do mercado de apostas marcou um avanço inédito em segurança e transparência no setor. As novas regras abrangem licenciamento de operadoras, rastreabilidade de pagamentos, identificação facial de usuários e mecanismos de jogo responsável, estabelecendo padrões para o funcionamento legal das plataformas no país.

O estudo destaca que o avanço da regulação, que também inclui fornecedores, meios de pagamento e publicidade, é essencial para consolidar o ambiente de negócios, proteger o consumidor e reduzir a atuação do mercado ilegal, que ainda responde por cerca de 50% das apostas no Brasil.

“O avanço da regulação é o que garante previsibilidade, segurança jurídica e confiança para operadores e consumidores. Estamos construindo um mercado sólido, transparente e competitivo, capaz de atrair novos players, proteger o apostador e combater o jogo ilegal, que somente traz prejuízos ao país”, afirmou Plínio Lemos Jorge, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL).

  


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