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Durante este mês de março, tive a oportunidade de participar pela primeira vez do SXSW 2025, considerado o maior festival de criatividade do mundo. Aproveitei para dar um pulinho no Q2 Stadium, casa do Austin FC, que disputa a Major League Soccer (MLS), e conferir de perto como os norte-americanos transformam uma partida de futebol em um espetáculo completo. Spoiler: é um show de entretenimento e tecnologia.
Mas fica uma dúvida: e se trouxéssemos algumas dessas ideias para o Brasil? Listei cinco pontos que fazem toda a diferença na experiência dos torcedores.
1) Torcedor em primeiro lugar
O Q2 Stadium não é em si um gigante de concreto, mas foi planejado para oferecer o que realmente importa: conforto, privacidade e uma visão perfeita do campo em qualquer lugar que você sente. Possui espaços bem distribuídos, laterais abertas para ventilação natural e um design moderno. Tudo ali é pensado para a melhor experiência do público.
No Brasil, muitos estádios ainda seguem um modelo tradicional, com oportunidades para melhorias em conforto, ventilação e mobilidade. Em algumas arenas mais recentes, desafios estruturais ou limitações no design ainda podem ser percebidos. Olhar para esses espaços como ambientes de experiência, e não apenas como arquibancadas, pode transformar a forma como o público interage com o espetáculo, tornando a vivência dos torcedores ainda mais envolvente.
2) O futebol como um ponto de encontro
Nos Estados Unidos, ir ao estádio não é apenas assistir a um jogo, mas viver uma experiência completa. O Q2 Stadium possui grandes áreas de convivência, praças de alimentação bem estruturadas e espaços para interação entre os torcedores. O pré-jogo e o pós-jogo fazem parte do evento em si, com ativações de patrocinadores, shows e outras atrações.
No Brasil, a cultura do “matchday” não é tão explorada. Muitos torcedores chegam ao estádio em cima da hora e vão embora logo após o apito final. Criar um ambiente que estimule os torcedores a passar mais tempo nos estádios poderia ser uma grande oportunidade para os clubes gerarem mais receita e fortalecerem o vínculo com os torcedores.
3) Torcida valorizada e ativa
Na terra do Tio Sam, a torcida tem um papel fundamental na construção do espetáculo. Com instrumentos de led, bandeiras estrategicamente posicionadas e líderes de torcida organizados, a atmosfera é intensa, mas não é caótica. Existe um espaço específico para a torcida organizada, com uma estrutura própria para garantir que o canto e a animação dos torcedores nunca parem.
No Brasil, a paixão do torcedor é incomparável, isso é inegável. No entanto, a relação entre clubes e torcidas organizadas ainda pode ser melhor estruturada. Algumas restrições impactam a festa nos estádios, enquanto desafios de infraestrutura dificultam a organização das torcidas. Observando os modelos americanos, podemos aprender maneiras de oferecer mais suporte e espaço para que as torcidas tornem o jogo ainda mais vibrante, sem abrir mão da segurança.
4) A tecnologia é a favor do torcedor
Nos estádios dos EUA, a tecnologia não é apenas um detalhe, mas um dos pilares da experiência no estádio. No Q2 Stadium, observei que os telões eram de última geração, transmitindo as estatísticas ao vivo, replays e conteúdos interativos. Além disso, há um som ambiente até nos banheiros, onde é possível acompanhar o jogo, garantindo que ninguém perca um lance sequer da partida.
No Brasil, existem, sim, telões modernos, mas ainda não há um grande espaço para a inovação. A experiência do torcedor poderia ser mais aprimorada com aplicativos que facilitam pedidos de comida, sistemas de reconhecimento facial para acessos mais rápidos e vinhetas interativas para ter mais engajamento com o torcedor que está lá ou que acompanha pela internet.
5) Consumo sem fila e sem complicação
Uma das grandes diferenças entre o Q2 Stadium e muitos estádios brasileiros está na facilidade de consumo dentro da arena. Na casa do Austin FC, os torcedores podem comprar produtos e bebidas de maneira muito rápida e prática, com mercados sem fila, autoatendimento e pagamento digital.
No Brasil, ainda há desafios a serem superados. Filas longas para compra de comida e bebida são comuns, o que pode gerar frustração e fazer com que alguns torcedores optem por não consumir para não perder parte do jogo. A implementação de sistemas de autoatendimento e a otimização da logística dos pontos de venda poderiam tornar a experiência do público mais fluida, além de contribuir para o aumento da receita dos clubes.
Conclusão
O futebol nos Estados Unidos é mais do que um esporte; é entretenimento de alto nível. Os norte-americanos sabem como transformar um jogo em um grande evento, e muitas dessas práticas poderiam ser adaptadas à realidade brasileira. Imagine combinar a infraestrutura e a organização dos estádios norte-americanos com a paixão única do torcedor brasileiro? O espetáculo seria incomparável.
O desafio agora é pensar como podemos implementar essas ideias no Brasil e criar um ambiente em que o futebol não seja apenas uma paixão, mas também uma experiência inesquecível para todos os torcedores.
Ações brasileiras
Sinto que, por aqui, essa visão de entretenimento nos estádios ainda está em evolução, mas já há movimentos para transformar essa experiência. Na Lean Agency, buscamos trazer esse conceito para perto do torcedor ao desenvolver ações para a Betnacional em grandes eventos do futebol nacional.
Na final do Campeonato Pernambucano Betnacional 2023, por exemplo, realizamos um show com a cantora Priscila no intervalo da partida, elevando o nível do espetáculo. Já na decisão do Pernambucano 2024, promovemos a ação “Olhe para o Alto”, em que três paraquedistas sobrevoaram a Arena Pernambuco e fizeram um pouso histórico: dois deles com as bandeiras dos finalistas e um com a bandeira de Pernambuco, trazendo consigo a estrela do jogo, a bola oficial da partida.

Por fim, a final da Copa do Nordeste 2024, maior campeonato regional do Brasil, também foi palco de uma grande ativação. Apostamos na força da cultura nordestina, levando ao público apresentações artísticas e culturais de Tiago Nogueira e Marcelinho Lima, além dos grupos de quadrilha junina convidados, criando um espetáculo que foi além das quatro linhas.
Essas experiências mostram que é possível transformar o futebol brasileiro em algo maior que o próprio jogo, valorizando o torcedor e criando momentos inesquecíveis e oportunidades para as marcas. Agora, o desafio é expandir essa visão para mais estádios, clubes e competições pelo país.
Newton Neto é publicitário e CEO da Lean Agency, além de pós-graduado em marketing e com especializações em áreas como marketing digital, planejamento estratégico, branding e criatividade
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Norte-americanos transformam uma partida de futebol em um espetáculo completo, um verdadeiro show de entretenimento e tecnologia; imagine combinar isso com a paixão única do torcedor brasileiro?
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