Ontem, 14, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu a Taxação BBB – bilionários, bancos e bets (empresas de apostas), do Partido dos Trabalhadores (PT). O posicionamento do ministro acompanha a postura de outros parlamentares, como o do senador Cleitinho (Republicanos-MG), do deputado federal Pauderney Avelino (União-AM) e do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que incentivam o aumento de impostos no setor.
Segundo Haddad, o objetivo não é “demonizar” a indústria, mas exigir que empresas do setor contribuam com o desenvolvimento econômico do Brasil. Além disso, o ministro explicou que estavam aguardando o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir alternativas à Medida Provisória (MP) nº 1.303/2025, rejeitada recentemente pela Câmara dos Deputados. Haddad afirmou que recebeu sinais de parlamentares interessados em negociar soluções para o impasse orçamentário.
“Porque, de fato, a chamada Taxação BBB só é injusta na cabeça de pessoas desinformadas sobre o que está acontecendo no Brasil”, disse Haddad, destacando que é preciso alinhar as cobranças tributárias de empresas do setor “ao padrão da economia brasileira”.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) acrescentou que, ao atribuir cobranças conforme o cenário internacional, o governo pode arrecadar mais de R$ 30 bilhões, afirmando que “não há sentido abandonar essa linha de taxação”.
Haddad também comentou que, embora algumas atividades sejam difíceis de restringir, o governo possui tecnologia para proibir a operação de empresas do setor no país. Segundo o ministro, as casas de apostas online precisam contribuir com a União para compensar os efeitos colaterais de “um entretenimento que pode gerar dependência”.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) reforçou que o setor de apostas online deve ser taxado “e muito”, justificando que o vício, seja ele qual for – incluindo a ludopatia (vício em jogos) – destrói vidas e famílias.
Além disso, hoje, 15, Haddad encontrou-se com Davi Alcolumbre, presidente do Congresso, para discutir alternativas que ajudem a cobrir o rombo nas contas públicas.
O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo, também participou do encontro, e explicou que o governo busca soluções para equilibrar as finanças após a derrubada da MP nº 1.303/2025, que previa cortes de gastos e revisão de benefícios fiscais.
Após a reunião, Haddad informou que ainda não tem data para apresentar alternativas à MP, mas afirmou que compartilhou com Lula os cenários atuais para compatibilizar o orçamento com as regras fiscais. O ministro enfatizou a importância de o Congresso aprovar medidas coerentes e integradas, capazes de garantir estabilidade fiscal e previsibilidade econômica.
A discussão retorna à pauta na próxima terça-feira, 21.
Ontem, 14, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu a Taxação BBB – bilionários, bancos e bets (empresas de
Participe da IGI Expo 2026: https://igi-expo.com/


