Jogo do bicho: para historiador, tradicional jogo brasileiro de azar perde espaço para as bets

Na visão do pesquisador, o jogo do bicho vai acabar.

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O historiador Luiz Antonio Simas escreveu o livro “Maldito Invento dum Baronete – Uma Breve História do Jogo do Bicho”, que trata sobre a criação e desenvolvimento de um dos mais tradicionais jogos de azar do Brasil. Em entrevista ao UOL, o autor afirmou que acredita que “o jogo do bicho vai acabar“.

De acordo com o pesquisador, o bicho teria deixado de renovar o público e que estaria tendo um “esvaziamento da cultura de rua” por conta do uso de telas e mais tempo gasto dentro de casa. Além disso, outro ponto importante é que o jogo estaria perdendo espaço para as apostas esportivas que têm crescido rapidamente no país.

O jogo do bicho foi criado há 130 anos e caiu no gosto do povo, mesmo sendo considerado ilegal poucos anos depois. Segundo Simas, a elite foi contra a prática usando “critérios vagos sobre interesse público, moralidade, civilização, família, crime, bem comum e degeneração. A repressão foi em cima da loteria mais pobre e negra”.



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De acordo com o historiador, o jogo do bicho começou como uma forma de pessoas de baixa renda sonharem em ganhar algum dinheiro. A prática é característica por envolver quantia pequenas e premiações correspondentes.

Porém, ao se comparar com as apostas esportivas, há muitas diferenças. As bets movimentam altas quantias e não têm a característica de socialização na rua como tem o outro jogo de azar.

Sobre a repressão ao jogo, o historiador conta que o jogo do bicho começou a ser proibido ainda no século XIX, mas na mesma época não houve proibição semelhante às corridas de cavalo, que eram preferidas pela elite.

Atualmente, está em tramitação no Senado Federal, o Projeto de Lei 2234/22, que visa a legalização de cassinosbingos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalo no Brasil.

Em relação ao jogo do bicho, a proposta prevê a possibilidade de empresas se regularizarem e conseguirem uma licença de funcionamento válida por 25 anos. As operadoras precisarão registrar as apostas em uma plataforma digital.

As empresas que desejam ofertar esses jogos legalmente precisam ser registradas, sediadas e administradas no Brasil. É necessário que as companhias interessados em explorar o jogo do bicho comprovem possuir renda mínima de R$ 10 milhões.

Veja também: Entenda os critérios que o Projeto de Lei 2234/22 determina para exploração de jogos de azar

Na visão do pesquisador, o jogo do bicho vai acabar.

O historiador Luiz Antonio Simas escreveu o livro “Maldito Invento dum Baronete – Uma Breve História do Jogo do Bicho”, que trata sobre a criação e desenvolvimento de um dos mais tradicionais jogos de azar do Brasil. Em entrevista ao UOL, o autor afirmou que acredita que “o jogo do bicho vai acabar“.

De acordo com o pesquisador, o bicho teria deixado de renovar o público e que estaria tendo um “esvaziamento da cultura de rua” por conta do uso de telas e mais tempo gasto dentro de casa. Além disso, outro ponto importante é que o jogo estaria perdendo espaço para as apostas esportivas que têm crescido rapidamente no país.

O jogo do bicho foi criado há 130 anos e caiu no gosto do povo, mesmo sendo considerado ilegal poucos anos depois. Segundo Simas, a elite foi contra a prática usando “critérios vagos sobre interesse público, moralidade, civilização, família, crime, bem comum e degeneração. A repressão foi em cima da loteria mais pobre e negra”.

De acordo com o historiador, o jogo do bicho começou como uma forma de pessoas de baixa renda sonharem em ganhar algum dinheiro. A prática é característica por envolver quantia pequenas e premiações correspondentes.

Porém, ao se comparar com as apostas esportivas, há muitas diferenças. As bets movimentam altas quantias e não têm a característica de socialização na rua como tem o outro jogo de azar.

Sobre a repressão ao jogo, o historiador conta que o jogo do bicho começou a ser proibido ainda no século XIX, mas na mesma época não houve proibição semelhante às corridas de cavalo, que eram preferidas pela elite.

Atualmente, está em tramitação no Senado Federal, o Projeto de Lei 2234/22, que visa a legalização de cassinosbingos, jogo do bicho e apostas em corridas de cavalo no Brasil.

Em relação ao jogo do bicho, a proposta prevê a possibilidade de empresas se regularizarem e conseguirem uma licença de funcionamento válida por 25 anos. As operadoras precisarão registrar as apostas em uma plataforma digital.

As empresas que desejam ofertar esses jogos legalmente precisam ser registradas, sediadas e administradas no Brasil. É necessário que as companhias interessados em explorar o jogo do bicho comprovem possuir renda mínima de R$ 10 milhões.

Veja também: Entenda os critérios que o Projeto de Lei 2234/22 determina para exploração de jogos de azar