Modelo de PPV pode sumir de UFC e boxe após novos acordos de transmissão?

O modelo de pay-per-view (PPV), tradicional nas transmissões de boxe e MMA, passa por reavaliação diante de novos acordos comerciais e mudanças no comportamento do público. A partir de 2026, o UFC deixará de cobrar PPV nos EUA, com todos os eventos numerados e cards do Fight Night disponíveis no Paramount+ para assinantes, sem custo adicional.


A decisão acompanha o movimento de outras plataformas. A Netflix transmitiu a luta entre Canelo Alvarez e Terence Crawford para mais de 300 milhões de usuários globalmente, sem cobrança extra.

Já a Arábia Saudita, por meio de Turki Alalshikh e do projeto Riyadh Season, também anunciou que seus eventos não serão mais distribuídos em regime de pay-per-view. A ironia é que, quando esse modelo de transmissão atingiu seu auge, nos anos 1990 e 2000, muitos analistas diziam que, no futuro, toda transmissão esportiva seria via PPV.

Streaming

O UFC assinou contrato de sete anos com a Paramount, avaliado em US$ 1,1 bilhão por ano. Além do streaming, eventos selecionados terão exibição na CBS em horário nobre.

A Zuffa Boxing, por sua vez, novo projeto da TKO Group com apoio de fundos sauditas, também será transmitida pela Paramount sem PPV.


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“O negócio de pay-per-view tem estado em declínio constante nos últimos quatro ou cinco anos. Era o único caminho há 30 anos, mas agora existem muitas opções”, analisa Patrick Crakes, consultor de mídia estratégica.

Boxe

A Arábia Saudita tem ampliado sua presença no boxe com investimentos diretos e parcerias com promotores como Eddie Hearn e Frank Warren. O DAZN  irá lançar o “The Ring Pass”, uma assinatura mensal adicional com apoio do Riyadh Season.

“O pay-per-view continua viável no contexto certo. Quando uma luta transcende o esporte e se torna um evento cultural, os torcedores estão dispostos a pagar. Mas esse não pode ser o modelo padrão”, aponta Ben Shalom, CEO da Boxxer, em entrevista ao site SporsPro.

A Boxxer assinou contrato com a BBC para transmissão de lutas em TV aberta, e mantém parcerias com DAZN e Alalshikh para eventos pontuais em PPV.

Mercado

A ESPN não renovou contrato com a Top Rank e perdeu os direitos do UFC, priorizando ligas como NFL, NBA e futebol universitário. A PFL, que adquiriu o Bellator, mantém modelo híbrido com PPV via ESPN+ para lutas mais desejadas.

“Uma porcentagem significativamente menor do risco está sendo assumida pelas emissoras, o que lhes permite investir com mais confiança e gerar retornos melhores e mais lucrativos”, avalia Joe Markowski, ex-executivo do DAZN.

A expectativa é que o futuro das transmissões de esportes de combate seja híbrido, com uso de TV aberta, streaming por assinatura e PPV em casos específicos.

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Paramount, DAZN e Netflix adotam formatos sem cobrança adicional; UFC encerra pay-per-view nos EUA em 2026
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