NBA investe em inteligência artificial e realidade aumentada para engajar mais fãs

Principal liga de basquete do mundo, a National Basketball Association (NBA) está investindo em novas tecnologias, como forma de ampliar o engajamento dos fãs.

Ela firmou parceria com a Sportradar, que passou a disponibilizar uma série de ferramentas que proporcionam visualizações tridimensionais e recursos de inteligência artificial (IA) para o público.

O Virtualized Live Match Tracker, por exemplo, oferece visão computacional para transformar, em tempo real, os dados oficiais da NBA em visualizações 3D, com ângulos ajustáveis.

Já o 4Sight Streaming, lançado inicialmente para jogos de tênis, gera sobreposições animadas e insights acionáveis ao processar dados. A Sportradar afirma que a ferramenta é capaz de prever desfechos prováveis de um jogo, permitindo que os fãs façam apostas com mais confiança.

Outra dessas ferramentas foi batizada de Visualizações Avançadas da NBA e conta com gráficos e animações interativas, feitas a partir de rastreamento “skeleton tracking” em tempo real para criar conteúdos como animações 3D, mapas de calor e métricas de desempenho dos jogadores, aprimorando a análise das partidas e oferecendo suporte dinâmico para a cobertura midiática da ação em quadra.

Por, fim o emBET permite que os apostadores monitorem ao vivo suas apostas e está disponível para diversos dispositivos, incluindo smartvs e celulares com sistema Android.

Caminho sem volta

Em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte, Sérgio Floris, diretor-geral da Sportradar no Brasil, comentou sobre o impacto das novas tecnologias no esporte.

Na opinião dele, as ferramentas de IA e realidade aumentada mudaram por completo a forma como os fãs consomem o esporte. “Acreditamos que este seja um caminho sem volta. Temos percebido, especialmente com a geração Z, que a forma de assistir a esportes tem mudado significativamente nos últimos anos. Com o avanço da tecnologia, houve uma verdadeira revolução na maneira como os fãs vivenciam e consomem os jogos de basquete, principalmente com o uso de inteligência artificial e realidade aumentada”, afirma.

Para o executivo, esses recursos “não apenas aproximam os fãs da ação, mas também aumentam o engajamento, atendendo especialmente à geração Z, que busca informações instantâneas e experiências mais imersivas”.

O público dessa faixa etária, acredita Floris, já não se contenta em apenas assistir a uma partida, fato que acaba por impulsionar as mudanças na forma de consumo dos conteúdos esportivos.

“O entretenimento precisa ser dinâmico, interativo e complementar. O consumo de basquete por meio de dispositivos móveis é cada vez mais comum, já que esse público prefere acessar estatísticas em tempo real, compartilhar momentos marcantes nas redes sociais e interagir com outros fãs durante os jogos”, diz.

A autenticidade das narrativas é outro ponto relevante, para que as modalidades esportivas possam se conectar às novas gerações.

“Isso significa que jogadores e ligas precisam manter uma presença digital consistente e transparente. Esse comportamento está pressionando tanto as ligas quanto as plataformas de transmissão a adotar tecnologias que ofereçam experiências mais completas, instantâneas e imersivas, atendendo às expectativas desse público jovem e conectado”, explica.

Fãs no centro da experiência esportiva

Na visão de Floris, o objetivo das inovações tecnológicas é colocar os fãs no centro da experiência esportiva. “Essa abordagem não só atrai novas audiências, mas também fortalece a conexão emocional dos fãs com o esporte, tornando cada partida única e inesquecível”, afirma.

Para o executivo, as apostas esportivas têm contribuído também para transformar a interação do público com o esporte. Na opinião de Floris, elas acrescentam uma camada de interação que vai além da simples torcida.

“Quando um fã faz uma aposta, ele acompanha o jogo com muito mais atenção, valorizando estatísticas e detalhes que podem influenciar o resultado. Esse público tende a buscar mais informações e espera receber dados precisos sobre o jogo. Naturalmente, temos fãs mais engajados e informados, mas também se exige que as ligas garantam transparência e confiabilidade nos dados, pois qualquer falha pode comprometer a confiança no sistema”, avalia.

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Para diretor-geral da Sportradar no Brasil, tecnologias vão alterar para sempre o modo como público consome o esporte
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