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A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) divulgou, nesta quinta-feira (20), três dias após a fala do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, uma nota oficial de repúdio às declarações do dirigente.
O que mais chama a atenção no comunicado, porém, é que o texto não é assinado pelo Flamengo, um dos principais clubes da Libra. A diretoria do time rubro-negro tem demonstrado, nos últimos tempos, insatisfação com a divisão de receitas dos times.
Sem o Flamengo, a nota é assinada por todos os demais clubes da Libra: Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vitória, Ferroviária, Paysandu, Remo, Volta Redonda, ABC, Brusque, Guarani e Sampaio Corrêa.
Luiz Eduardo Baptista, novo presidente do Flamengo, já deixou pública sua insatisfação com o contrato de TV assinado com a Globo para o período entre 2025 e 2029. O dirigente reiterou que o clube irá cumpri-lo, mas lamentou perdas financeiras.
Como forma de tentar compensar parte desse revés, o Flamengo decidiu vender seus direitos internacionais de TV isoladamente. Pela Lei do Mandante, o time rubro-negro detém os direitos de mídia de seus 19 jogos em casa.
Assim, mesmo com a recente aproximação entre Libra e Liga Forte União (LFU) para realizar uma venda conjunta, essa negociação contará com 19 dos 20 clubes da Série A do Brasileirão, sem a participação do Flamengo.
Racismo
Domínguez, em entrevista após o sorteio da Libertadores, na última segunda-feira (17), foi questionado por um repórter como via a competição sem a presença dos clubes brasileiros, ameaça feita pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, após mais um caso de racismo e nova punição branda divulgada pela Conmebol.
“Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível”, respondeu o cartola.
A comparação dos times brasileiros com uma macaca, em um contexto de crise em relação ao racismo, repercutiu muito mal no Brasil.
O Governo Federal, por intermédio dos ministérios do Esporte e das Relações Exteriores, divulgou uma nota conjunta de repúdio já na terça-feira (18), dia seguinte ao episódio, quando a declaração de fato começou a ganhar repercussão.
Atraso
A Libra demorou três dias para decidir se manifestar. Segundo a Máquina do Esporte apurou, houve a necessidade de alinhamento de uma decisão institucional entre todos os clubes.
No comunicado, o bloco de clubes se pronunciou sobre “seu profundo repúdio às declarações do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, que, ao comparar a possível ausência das equipes brasileiras na Copa Libertadores a ‘Tarzan sem Chita’, utilizou uma analogia de evidente cunho racista e preconceituoso”.
O grupo, que representa nove times da Série A do Brasileirão 2025, também disse que “a gravíssima declaração de Domínguez traz à tona o evidente preconceito enraizado no ambiente do futebol, reforça estereótipos racistas, perpetua a desumanização de pessoas negras, além de demonstrar total insensibilidade em relação a temas de extrema urgência, como o combate ao racismo e a promoção da diversidade no futebol”.
De prático, porém, não existe nada na nota, o que justificaria o fato do Flamengo não querer participar. Não há sequer o anúncio de que os clubes estejam discutindo algum tipo de boicote às competições da Conmebol, como chegou a sugerir Leila Pereira, ou uma posição mais dura para pressionar a entidade a agir.
Irritação
A crise entre a Conmebol e os times brasileiros teve início após um torcedor do Cerro Porteño imitar um macaco para o atacante Luighi, do Palmeiras, durante um jogo da fase de grupos da Libertadores Sub-20.
Mesmo com a denúncia do jogador, a arbitragem se recusou a seguir qualquer protocolo antirracista. À ocasião, Domínguez havia prometido a Leila que daria uma punição rigorosa ao Cerro Porteño.
Três dias depois do crime, a Conmebol divulgou a pena: multa de US$ 50 mil, a obrigação de jogar o restante da competição com os portões fechados (o time só faria mais um jogo no torneio) e a obrigação de realizar uma campanha contra o racismo nas redes sociais do clube.
Nota oficial
Veja abaixo a íntegra da nota oficial divulgada pela Libra:
Nota de repúdio às declarações do presidente da Conmebol
Os clubes brasileiros Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vitória, Ferroviária, Paysandu, Remo, Volta Redonda, ABC, Brusque, Guarani e Sampaio Corrêa – membros da LiBRA – vêm a público manifestar seu profundo repúdio às declarações do presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, que, ao comparar a possível ausência das equipes brasileiras na Copa Libertadores a “Tarzan sem Chita”, utilizou uma analogia de evidente cunho racista e preconceituoso.
A gravíssima declaração de Dominguez traz à tona o evidente preconceito enraizado no ambiente do futebol, reforça estereótipos racistas, perpetua a desumanização de pessoas negras, além de demonstrar total insensibilidade em relação a temas de extrema urgência, como o combate ao racismo e a promoção da diversidade no futebol.
Os clubes brasileiros reafirmam seu compromisso com a luta contra o racismo e com a promoção de um futebol inclusivo e respeitoso. Não aceitaremos calados nenhum tipo de discriminação, seja em campo, nas arquibancadas ou nas declarações de dirigentes.
Atlético-MG
Bahia
Grêmio
Palmeiras
Red Bull Bragantino
Santos
São Paulo
Vitória
Ferroviária
Paysandu
Remo
Volta Redonda
ABC
Brusque
Guarani
Sampaio Corrêa
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Manifesto contra fala do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, recebeu adesão de todo o bloco de clubes, menos do Rubro-Negro
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