Ontem, 17, entraram em vigor no domingo as novas diretrizes do YouTube para vídeos que mencionam ou direcionam usuários a serviços de apostas online. A plataforma passou a proibir qualquer conteúdo que leve espectadores a sites ou aplicativos de apostas não certificados pelo Google, incluindo aqueles baseados em bens digitais, como skins, NFTs e itens cosméticos de videogames.
Até então, o YouTube citava apenas sites de jogos não certificados. Agora, conteúdos aparentemente inofensivos, por exemplo, vídeos analisando skins de jogos usados como “fichas” em plataformas de jogos online, também podem ser classificados como material restrito se houver qualquer vínculo com apostas.
Quais certificações do Google são aceitas pelo YouTube
O YouTube reforçou que criadores que produzirem conteúdo relacionado a apostas envolvendo bens digitais só poderão direcionar para serviços aprovados pelo Google. A certificação depende da legalidade da modalidade no país; de licenças válidas e ativas; de avisos de idade mínima; e, no caso de cassinos sociais, da declaração explícita de que não há dinheiro real envolvido.
No Brasil, cassinos sociais permanecem em zona cinzenta regulatória, já que a legislação proíbe moedas resgatáveis, mas não define parâmetros claros para esses modelos.
Se as regras não forem respeitadas, os vídeos podem ser removidos, restritos ou ter alcance reduzido. O YouTube afirma que essas medidas não contam como strike no sistema de advertências e que criadores poderão recorrer se julgarem que a decisão foi injusta.
Além das regras para apostas, a plataforma confirmou que aplicará filtros mais rígidos para cenas de violência realista em jogos, elevando o nível de proteção para usuários jovens.
Regras do YouTube em 2025 minam casas de apostas ilegais
Com a proibição já ativa, transmissões e vídeos que exibiam jogos em casas de apostas clandestinas devem ser diretamente afetados. Lives que operavam 24 horas demonstrando jogos irregulares, comuns no Brasil, tendem a perder espaço com o novo filtro da plataforma.
Cristiano Costa, psicólogo clínico e organizacional e diretor de conhecimento (CKO) da Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo (Ebac), lembra que a comunicação não pode ocultar riscos.
“Campanhas responsáveis devem focar a diversão com o risco. E adotar regras de transparência e fazer advertências visíveis sobre o risco de dependência, de forma semelhante a como já acontece em outros setores, como o de bebidas alcoólicas e fumo, por exemplo. E que deveria acontecer com diversos outros produtos e serviços que estimulam o gasto desenfreado. Omitir essas informações das propagandas, em qualquer setor econômico, deve ser alvo de sanções por parte dos órgãos responsáveis pela regulação e fiscalização no meio publicitário”, afirmou.
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Ontem, 17, entraram em vigor no domingo as novas diretrizes do YouTube para vídeos que mencionam ou direcionam usuários a serviços de apostas online. A plataforma passou a proibir qualquer
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