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Primeira mulher e africana eleita presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Kirsty Coventry prega a união e o entendimento entre os diferentes olhando para uma eleição em que havia sete candidatos na disputa e uma realidade fora dos muros da entidade com um mundo cada vez mais dividido.
Em seu manifesto de campanha, Kirsty resgata um preceito da filosofia Ubuntu, que em seu continente inspirou a luta contra o Apartheid na África do Sul: “Eu sou porque nós somos.”
Não é por outro motivo que uma de suas primeiras declarações após ser eleita com 49 votos no primeiro turno da eleição, assegurando maioria absoluta, foi dizer que irá ouvir os outros candidatos e examinar suas propostas feitas ao longo da campanha para possível implementação.
“O que quero focar é reunir todos os candidatos. Houve tantas boas ideias e trocas nos últimos seis meses. Eu realmente gostaria de aproveitar isso. E então reunir todos novamente e fazer iniciar o trabalho”, afirmou a zimbabuana.
A iniciativa de estar aberta a escutar todas as visões para o futuro do Movimento Olímpico, mesmo que diferentes da sua, é um preceito que se enquadra no Ubuntu.
“Este princípio destaca a força combinada da comunidade olímpica e nossa responsabilidade de elevar uns aos outros”, explica Kirsty, em seu material de campanha.
Ela também utiliza as ideias Ubuntu para expor a vontade de estreitar laços com o brasileiro mais importante do mundo esportivo na atualidade, Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).
“Também ressalta a estreita parceria que compartilhamos com o Comitê Paralímpico Internacional. Juntos, esses eventos servem como um farol de esperança e inspiração, um símbolo do progresso humano com possibilidades ilimitadas”, destaca a dirigente.
Diversidade
A própria eleição de Kirsty já mostra que o COI enfim colocou em prática seus preceitos de inclusão e diversidade, o que até certo ponto surpreendeu na eleição do comitê. Dois candidatos homens, brancos e europeus, Sebastian Coe, presidente da World Athletics, e Juan Antonio Samaranch Jr., filho de outro ex-presidente do COI, eram apontados, até então, como os favoritos da disputa.
Ciente desse poder transformador que tem em mãos, Kirsty já mostrou que espera promover ainda mais inclusão e diversidade dentro da estrutura do COI, aproveitando os talentos disponíveis em todo o planeta para trazer novas experiências e visões de mundo para a estrutura da entidade
“Nossa diversidade é um dos nossos maiores pontos fortes. Para prosperar, devemos ser uma organização adaptável que se baseia em nossas variadas origens, regiões, esportes, conhecimento, especialização e experiências”
Kirsty Coventry, presidente eleita do COI

Transparência
A nova presidente também prega que haja maior transparência do COI em relação a suas decisões, compartilhando informações relevantes do comitê com a imprensa do todo o planeta. Ela reconhece que pode ter que superar desafios para seguir esse plano.
“Isso também significa que podemos enfrentar maiores críticas. Devemos lidar bem com isso”, afirma a nova presidente.
“Meus anos enfrentando o escrutínio público na piscina, no parlamento e como presidente de várias comissões do COI, construíram uma confiança e força dentro de mim para assumir total responsabilidade por todas as nossas decisões”, completa.
Descentralização
Tendo integrado várias comissões do COI, Kirsty quer empoderar a essas instâncias dentro do Movimento Olímpico. A ideia é que haja mais decisões de maneira descentralizada, fazendo com que o comitê seja mais ágil no enfrentamento de seus desafios.
“Nossas comissões do COI terão maior influência e poder de decisão, no qual suas contribuições levarão a resultados mais significativos, fortalecendo o impacto do nosso movimento”, afirmou a ex-nadadora, em material de campanha.
A nova presidente promete se reunir com todos os membros do COI para avaliar o estágio atual do Movimento Olímpico e definir objetivos a curto, médio e longo prazo.
Popularização
Vinda de um país pobre do sul da África, Kirsty é bastante sensível à ideia de levar as Olimpíadas até povos que hoje não têm acesso às transmissões ou sejam impactados pelas grandes histórias escritas nas disputas esportivas.
“Nem todos competirão e nem todos comparecerão aos Jogos Olímpicos. Mas todos devem ter a oportunidade de assistir e se inspirar nos Jogos Olímpicos”, prega a dirigente.
A ideia da nova presidente é que, além de contratos de direitos de TV vantajosos, como o renovado recentemente com ao NBC, o COI também tenha a preocupação de amplificar seu alcance até povos mais isolados e com difícil acesso às transmissões esportivas.
Tecnologia e IA
A nova presidente do COI quer aproveitar a tecnologia e o desenvolvimento da inteligência artificial para aprimorar a experiência dos torcedores em todo o mundo. Para ela, essas ferramentas podem ajudar a ampliar as mensagens olímpicas para todos os fãs.
“Plataformas digitais, ferramentas de engajamento de torcedores com tecnologia de IA e soluções de mídia inovadoras podem estender a experiência olímpica para públicos em regiões com cobertura tradicional limitada”, acredita a dirigente.
A inteligência artificial, para ela, pode promover conexões bem particulares com diversos tipos de fãs, com as mais variadas realidades.
“Aproveitar a tecnologia de IA também pode criar experiências imersivas, capacitando os torcedores a selecionarem suas próprias experiências de visualização”
Kirsty Coventry, presidente eleita do COI

Direitos de transmissão
Segundo a nova presidente do COI, a ascensão de plataformas digitais ainda não diminuiu o impacto da TV linear, especialmente em países em desenvolvimento. Por isso, a preocupação em estar na TV aberta é uma prerrogativa importante para a gestão de Kirsty no comitê.
“É impossível ver onde o cenário da mídia estará em cinco anos, mas está claro que a tendência da televisão linear continua sendo um pilar fundamental do engajamento”, prega a dirigente.
Kirsty, porém, afirma que o COI também deve estar na vanguarda das novas formas de propagação de conteúdo, para engajar públicos cada vez mais amplos. “O rápido crescimento das plataformas digitais, serviços de streaming e conteúdo sob demanda exige maior adaptabilidade”, acredita.
Rejuvenescimento
Um dos preceitos da gestão Kirsten é o investimento nas mídias sociais do COI como forma de atingir as gerações Z e Alfa para contar as grandes histórias do esporte olímpico, rejuvenescendo a base de fãs do esporte olímpico.
“Para fazer isso de forma eficaz, precisamos primeiro entender o que realmente ressoa com os jovens. Na era digital, alcançá-los requer adotar a mídia social e alavancar a tecnologia para criar experiências personalizadas que entretêm e envolvem”, analisa.
Ela também acredita que iniciativas recentes do COI, como a criação dos Jogos Olímpicos da Juventude, surgidos em 2010, e os Jogos Olímpicos de e-Sports, cuja primeira edição está marcada para 2027, são ótimas plataformas para conversar com as novas gerações.
Sustentabilidade
Kirsty defende que o COI mantenha e fortaleça parcerias com os grandes órgãos internacionais, como a ONU para expandir esforços de melhorias social e sustentabilidade.
“Os Jogos Olímpicos devem liderar pelo exemplo em responsabilidade ambiental, defendendo práticas sustentáveis em infraestrutura, logística e operações”, declara a ex-nadadora.
“Ao adotar inovações que reduzem o desperdício, conservam energia e minimizam as pegadas de carbono, podemos criar legados sustentáveis para as cidades-sede e inspirar futuros anfitriões a abraçar os Jogos”
Kirsty Coventry, presidente eleita do COI
Gigantismo
Outra temática que causa preocupação na nova presidente é o gigantismo das Olimpíadas. Atualmente, os Jogos de Verão atraem 10.500 atletas, enquanto os Jogos de Inverno somam 2.900 competidores.
“A adição de novos esportes e eventos deve ser equilibrada com as modalidades existentes, a capacidade das cidades-sede e o ecossistema olímpico mais amplo”, analisa.
A ideia é examinar o impacto da entrada de uma nova modalidade no programa olímpico e como compensar a inscrição de seus atletas com a exclusão de outro esporte ou diminuição da quantidade de eventos. Tudo para não onerar excessivamente os gastos com infraestrutura para o país-sede das Olimpíadas.
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Veja as ideias da 1ª mulher e africana a dirigir o COI em temas como direitos de TV, sustentabilidade, IA e rejuvenescimento de fãs
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