Nesta semana, a Paag, empresa de tecnologia e de pagamentos, divulgou relatório sobre o comportamento dos apostadores brasileiros referente ao terceiro trimestre deste ano.
Segundo dados da empresa, o maior volume de apostas acontece à noite – o período das 18h às 23h concentra 38% do volume total das transações, sendo considerado o “principal pico diário” de engajamento das empresas de apostas online. Além disso, no período da manhã, das 6h às 11h, a Paag identificou que casas de apostas online registram o maior valor médio por operação.
O levantamento considerou as transações financeiras processadas pela empresa entre julho e setembro deste ano apenas nas plataformas que utilizam a Paag como meio de pagamento, que, segundo a empresa, representa cerca de 30% do mercado.
A empresa observou o ciclo diário dos apostadores – os períodos matutinos concentram operações de maior qualidade e ticket médio mais alto, enquanto os períodos noturnos registram alta frequência e volume de apostas. O período vespertino equilibra valor e frequência, mantendo estável o fluxo total de uso, e a madrugada possui menor atividade e engajamento das casas de apostas online.
“Esses padrões ajudam a entender o ritmo de operação do setor e a planejar estratégias de desempenho e responsabilidade”, afirmou João Fraga, CEO da Paag.
Além disso, segundo a pesquisa da Paag, o início do mês registra valores de apostas mais elevados, e a segunda quinzena concentra o maior volume de apostas. Entre os dias 16 e 23 de cada mês, as plataformas registraram pico de frequência, com os dias 30 e 31 apresentando o menor nível de atividade.
Mais detalhes da análise comportamental da Paag
A Paag também reforçou que 71% das apostas realizadas no período avaliado foram de até R$ 50 e que 80% do valor financeiro movimentado se referem a operações acima de R$ 100 – “um modelo que combina alto volume de pequenas apostas com grande concentração de receita em transações médias e altas”, destacou a Paag no relatório.
Apostas de até R$ 20 representaram 44,2% do volume e 7,3% do valor total; entre R$ 100 e R$ 1.000, 11,7% e 42,3%, respectivamente; e acima de R$ 1.000, 0,5% e 20,2%.
Em adição, a Paag observou que o público entre 25 e 49 anos representa o principal grupo do setor – responsável por quase 80% das operações -, e que os jovens de 25 a 34 anos apresentaram o maior ticket médio.
A faixa etária de 50 a 64 anos mantém participação recorrente, mas com valores médios menores. Já o público acima de 65 anos responde por menos de 1% das transações, mas concentra apostas de valor individual mais elevado.
Em relação ao comportamento regional, São Paulo mantém-se como o principal mercado, respondendo por 25,1% do volume e 23,9% do valor total transacionado. Bahia e Sergipe ocupam a segunda posição em engajamento per capita, com cerca de 17 mil apostas por 100 mil habitantes, enquanto Paraná, Santa Catarina e estados do Centro-Oeste, incluindo Distrito Federal e Goiás, registraram o maior ticket médio nacional.
“O trimestre também registrou melhora expressiva na qualidade dos cadastros, com a redução da categoria ‘desconhecida’ para apenas 0,2% do total, contra 9,5% no período anterior. A melhoria reflete maior confiabilidade das análises e maturidade no uso de dados estratégicos”, esclareceu a Paag.
E acrescentou: “O relatório conclui que o terceiro trimestre de 2025 reforçou o amadurecimento do mercado de apostas, com comportamento previsível, maior engajamento noturno e melhor qualidade dos dados processados pela Paag”.
Maioria dos valores apostados retorna aos jogadores
Além disso, a GMattos revelou que 93% dos valores depositados nas casas de apostas online retornam aos apostadores como prêmios. A análise considerou as transações via Pix realizadas no primeiro semestre deste ano.
Estima-se que, entre janeiro e agosto de 2025, mais de R$ 242 bilhões foram depositados, e o valor total pago em prêmios pelas plataformas foi de quase R$ 226 bilhões no mesmo período.
Marcos Sabiá, CEO da Galerabet, comentou: “Prêmios em percentual superior a 90% de sua arrecadação são a realidade da indústria regulamentada de jogos no Brasil, que soma a isso sua expressiva contribuição ao patrocínio de entidades esportivas, vultosos recolhimentos de impostos e alto investimento em publicidade”.
E afirmou: “Estou convicto que estudos que refletem a realidade do setor são imprescindíveis para que a sociedade tenha a percepção correta desta indústria – que já tem contribuído de forma relevante ao desenvolvimento do país”.
O levantamento da GMattos cruzou dados de apostas, divulgados pelo Ministério da Fazenda, e de volume transacionado via Pix para avaliar a representatividade das apostas nesse método de pagamento instantâneo. Segundo a pesquisa, ao avaliar o volume transacionado de pessoas para empresas, 15,3% foram destinados a sites de apostas. O contrário, de empresas para pessoas, referente aos prêmios pagos, representou 13,5%.
“Os resultados apontados pela pesquisa revelam que estamos construindo um setor robusto, transparente e cada vez mais integrado à economia brasileira. Na BETesporte, temos observado essa evolução de perto, e a alta taxa de retorno em prêmios reforça a legitimidade das apostas esportivas como uma forma de entretenimento que é regulada, segura e orientada por boas práticas”, disse Vinicius Nogueira, CEO da BETesporte.
João Fraga, CEO da Paag, acrescentou: “O Pix, desde o início, foi o meio de pagamento disparadamente mais utilizado nas plataformas de apostas esportivas. Mesmo quando ainda não havia a proibição de outros métodos como a utilização do cartão de crédito, o montante transacionado via Pix já era superior aos 95%. Isso porque o Pix confere segurança e rastreabilidade à transação, além de se destacar por ser instantâneo e fácil”.
O influenciador digital Daniel Fortune, focado em jogo responsável, reforçou que a pesquisa apenas comprova o retorno ao jogador (RTP, sigla em inglês) dos jogos de cassino. No entanto, destacou que “é fundamental entender que isso não significa, por exemplo, que a probabilidade de um jogador vencer uma aposta é de 93%. Muito pelo contrário – a chance de ganhos é baixa e a maioria dos apostadores perde mais do que ganha, no longo prazo. Por isso, é importante reforçar que a aposta não é investimento, e sim entretenimento, e que deve ser realizada sempre com limites e responsabilidade”.
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Nesta semana, a Paag, empresa de tecnologia e de pagamentos, divulgou relatório sobre o comportamento dos apostadores brasileiros referente ao terceiro trimestre deste ano. Segundo dados da empresa, o maior
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