Palmeiras e WTorre chegam a acordo e encerram disputas judiciais

O Palmeiras e a Real Arenas (empresa do grupo WTorre), administradora do Allianz Parque, concluíram na quarta-feira (9) um acordo que põe fim às disputas arbitrais e judiciais. Segundo comunicado divulgado pelo Palmeiras, as duas partes fizeram concessões, assim como ajustes comerciais e operacionais.

Em maio, o clube cobrava na Justiça uma dívida de R$ 160 milhões da Real Arenas por pelas obrigações do contrato de gestão do estádio. Agora, fechou acordo de R$ 117,1 milhões, o que representa um desconto de 26,8% para a parceira.

Desse montante, a empresa promete quitar à vista uma parcela de R$ 50,1 milhões (42,8% do total). Os detalhes de como será o pagamento do restante do saldo devedor não foi divulgado nem pelo Palmeiras, nem pela WTorre.

“Este é um momento especial para todos nós, palmeirenses”, diz Leila Pereira, presidente do Palmeiras.

“Após dez anos de discussões, nossa gestão concretizou um acordo justo, benéfico a todos e fundamental para o futuro desta parceria, que tem mais 20 anos pela frente. Nosso compromisso é construir um Palmeiras cada vez mais vencedor e, para isso, queremos caminhar lado a lado com a WTorre”, completou a dirigente.

Pendências

Além da rediscussão da dívida, houve cessão de propriedades da arena e haverá implementação do novo setor Gol Norte, que se localizará no anfiteatro e ampliará em cerca de 1.000 lugares a capacidade do Allianz Parque em dias de jogos.

“Ao completarmos uma década de Allianz Parque, não poderíamos ter uma conquista mais importante do que o acordo com o Palmeiras”, afirma Sílvia Torre, cofundadora e presidente do Conselho da WTorre.

“O clube mais vencedor do país e a principal arena multiuso do continente podem, e devem, conquistar juntos novas metas, tendo um cenário de harmonia e interesses alinhados. Temos muito trabalho em conjunto com o Palmeiras nas próximas duas décadas de concessão”, acrescentou a executiva.

O acordo também definiu a setorização das cadeiras da arena, beneficiando os sócios-torcedores dos programas Avanti e Passaporte e clientes do Lounge Centenário, bem como detentores de cadeiras cativas, que terão seus direitos preservados. Segundo o clube, todos os temas que eram discutidos na esfera arbitral foram equacionados.

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Dívida de gestora de estádio com clube ficou em R$ 117,1 milhões, sendo que R$ 50,1 milhões serão pagos à vista
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