O mercado esportivo atingiu um recorde de receitas em 2024 ao fatural US$ 170 bilhões ao redor do mundo. Um levantamento Sports Revenue League 2025, publicado pela agência Two Circles, apontou um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.

O relatório destaca as 20 principais propriedades intelectuais esportivas. A NFL lidera o ranking com receita de US$ 13,9 bilhões. O top 5 conta com Uefa (US$ 9,1 bilhões), Hong Kong Jockey Club (US$ 5,4 bilhões), EA Sports (US$ 5 bilhões) e Premier League (US$ 4,8 bilhões).

COI, Paris 2024, Fórmula 1, NBA, MLB, TKO, Churchill Downs (corrida de cavalo), US Polo Association (polo), Conselho de Controle de Cricket na Índia, NHL (hóquei no gelo), PGA (golfe), Bundesliga (futebol), LaLiga (futebol), Big 10 (futebol americano universitário) e NCAA (esportes universitários) completam o top 20.

Concentração

As 20 maiores propriedades do esporte mundial foram responsáveis por 44% de toda a receita do setor em 2024. Neste grupo, 65% tiveram crescimentos de receita mais rápidos do que o mercado no ano passado, enquanto 100% evoluiu o faturamento em uma razão superior ao mercado na última década.

Os números apontam para uma concentração de receitas em poucos players, ainda que a indústria continue crescendo como um todo. Há uma década, as 20 maiores propriedades do esporte mundial eram responsáveis por 35% da receita total do setor, 9 pontos percentuais a menos do que o observado em 2024.

Apesar do aumento de receitas entre os principais agentes, o restante do mercado não apresenta a mesma evolução. Desconsiderando o top 20, o restante dos 500 maiores proprietários apresentam crescimento médio anual de 1%, com vários registrando receitas em estabilidade ou em declínio.

Crescimento

Em comparação com 2023, que também foi um ano recorde, a indústria esportiva obteve um crescimento de US$ 11 bilhões em receitas. O aumento foi impulsionado principalmente por grandes eventos cíclicos realizados em 2024, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 e a Eurocopa 2024.

Paris 2024 foi responsável por US$ 3,8 bilhões em receitas, enquanto a Euro 2024 gerou US$ 2,5 bilhões. Os Jogos Olímpicos venderam 12 milhões de ingressos para os 19 dias de competição, se tornando o evento com maior venda de bilhetes na história.

No top 20, os maiores crescimentos em comparação com 2023 foram do Comitê Olímpico Internacional (COI), TKO e Big 10. O COI cresceu 400% para US$ 4,5 bilhões, enquanto o grupo dono de UFC e WWE cresceu 67% para US$ 2,8 bilhões. A Big 10, conferência universitária de futebol americano dos EUA, atingiu US$ 1,5 bilhão, um crescimento de 66%.

Projeção

Ainda que a indústria esportiva tenha atingido seu recorde de receitas, a projeção da Two Circles é que o setor continue crescendo nos próximos anos. O relatório aponta que o mercado deve atingir um faturamento de US$ 260 bilhões até 2033.

Este movimento deve ser liderado pelos agentes chamados de “super aceleradores” pelo relatório. Trata-se dos 182 proprietários de propriedades intelectuais na indústria esportiva que superaram o crescimento de receitas do setor nos últimos 10 anos.

Neste quesito, o maior destaque é a Fórmula E. Apesar de estar fora da lista das 20 maiores receitas, a categoria de carros elétricos da FIA foi a propriedade com o crescimento mais rápido da última década, tanto em audiência quanto em receitas.

“É uma verdadeira honra sermos reconhecidos como o principal ‘super acelerador’ do esporte global na última década e é uma poderosa validação da visão de longo prazo da Fórmula E”, comentou Jeff Dodds, CEO da Fórmula E.

“Em apenas dez anos, aumentamos nossa base de fãs e nossa receita em um ritmo acelerado, uma trajetória que reflete a força da nossa proposta esportiva e o engajamento dos nossos fãs em todo o mundo. Acreditamos que o futuro do esporte reside na combinação de desempenho de elite com propósito, e a Fórmula E se orgulha de estar ditando o ritmo para esse futuro”, concluiu.

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Sports Revenue League 2025, da agência Two Circles, aponta Fórmula E como propriedade de crescimento mais rápido da última década, enquanto NFL lidera receitas
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