Pix em apostas: diretor do Banco Central é contra a possibilidade de proibição do sistema nas bets

De acordo com Renato Gomes, medida de proibição é contrária a agenda digital.

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O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central (BC), Renato Gomes, manifestou-se contra a possível proibição do uso do Pix para pagamentos em apostas. Em evento realizado pelo HSBC, em Washington, nos Estados Unidos, na última quinta-feira (24), ele destacou que a medida contraria a agenda digital, que promove um meio de pagamento acessível e vantajoso para os brasileiros.

O uso do cartão de crédito já será proibido

“Acho que prejudicar essa agenda e criar problemas operacionais complicados para prevenir o uso do Pix em alguns gastos e não em outros é algo contraprodutivo no fim”, afirmou em matéria da CNN.



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A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) demonstrou preocupação com o aumento do uso de crédito e das transações via Pix para pagamentos em apostas.

Veja também: Como o Pix para bets registrou aumento de 200%

Gomes afirmou que o tema não cabe ao perímetro regulatório do BC, que deve focar nas consequências, como o número de apostadores e o impacto das formas de pagamento na estabilidade financeira.

O diretor também comentou sobre pagamentos transfronteiriços, mencionando que está em diálogo com outros países latino-americanos para discutir uma possível integração de sistemas de pagamentos rápidos.

“Alguns países têm projetos para pagamentos rápidos e estão tentando fazer projetos parecidos com o Pix para acontecer uma integração em um segundo momento”, completou.

Presidente da Febraban já sugeriu proibição do Pix para pagamentos em bets

No mês de setembro, em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney defendeu a proibição do uso do Pix para realizar pagamentos nessas apostas.

“Se não for possível proibir de imediato o pagamento com Pix, ao menos que se estabeleçam limites de valores máximos para apostas [nessa modalidade de pagamento], tal como o BC já limita transações à noite”, propõe Sidney. Segundo ele, o mínimo a fazer é não mais permitir que os beneficiários de programas sociais usem o Pix para fazer apostas.

Veja também: Bloqueio de apostas com cartão de crédito: Haddad detalha novas medidas do Ministério da Fazenda

Se o gasto das famílias com apostas continuar a crescer no mesmo ritmo, ele prevê um efeito em cadeia na economia brasileira, afetando tanto o pequeno comércio quanto as grandes corporações.

“Precisamos impedir que venha a explodir [a bolha]. Não podemos pagar para ver, e essa aposta não iremos fazer. Estamos, todos, à deriva e precisamos reencontrar a rota de volta para casa”, afirma. “Não dá para brincar com coisa séria, que é a saúde financeira e mental das pessoas, e muito menos ficarmos à beira desse precipício”, declarou.

De acordo com Renato Gomes, medida de proibição é contrária a agenda digital.

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central (BC), Renato Gomes, manifestou-se contra a possível proibição do uso do Pix para pagamentos em apostas. Em evento realizado pelo HSBC, em Washington, nos Estados Unidos, na última quinta-feira (24), ele destacou que a medida contraria a agenda digital, que promove um meio de pagamento acessível e vantajoso para os brasileiros.

O uso do cartão de crédito já será proibido

“Acho que prejudicar essa agenda e criar problemas operacionais complicados para prevenir o uso do Pix em alguns gastos e não em outros é algo contraprodutivo no fim”, afirmou em matéria da CNN.

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) demonstrou preocupação com o aumento do uso de crédito e das transações via Pix para pagamentos em apostas.

Veja também: Como o Pix para bets registrou aumento de 200%

Gomes afirmou que o tema não cabe ao perímetro regulatório do BC, que deve focar nas consequências, como o número de apostadores e o impacto das formas de pagamento na estabilidade financeira.

O diretor também comentou sobre pagamentos transfronteiriços, mencionando que está em diálogo com outros países latino-americanos para discutir uma possível integração de sistemas de pagamentos rápidos.

“Alguns países têm projetos para pagamentos rápidos e estão tentando fazer projetos parecidos com o Pix para acontecer uma integração em um segundo momento”, completou.

Presidente da Febraban já sugeriu proibição do Pix para pagamentos em bets

No mês de setembro, em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney defendeu a proibição do uso do Pix para realizar pagamentos nessas apostas.

“Se não for possível proibir de imediato o pagamento com Pix, ao menos que se estabeleçam limites de valores máximos para apostas [nessa modalidade de pagamento], tal como o BC já limita transações à noite”, propõe Sidney. Segundo ele, o mínimo a fazer é não mais permitir que os beneficiários de programas sociais usem o Pix para fazer apostas.

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Se o gasto das famílias com apostas continuar a crescer no mesmo ritmo, ele prevê um efeito em cadeia na economia brasileira, afetando tanto o pequeno comércio quanto as grandes corporações.

“Precisamos impedir que venha a explodir [a bolha]. Não podemos pagar para ver, e essa aposta não iremos fazer. Estamos, todos, à deriva e precisamos reencontrar a rota de volta para casa”, afirma. “Não dá para brincar com coisa séria, que é a saúde financeira e mental das pessoas, e muito menos ficarmos à beira desse precipício”, declarou.