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A aquisição da MotoGP pela Liberty Media causou incômodo em Alejandro Agag, presidente da Fórmula E. O executivo pediu à Comissão Europeia que investigue o negócio com atenção.
A empresa norte-americana comprou, em abril, 86% da MotoGP por € 4,2 bilhões. Ao jornal Financial Times, Agag apontou que a Liberty Media, por também ser dona da Fórmula 1, terá poder excessivo na negociação de direitos de transmissão caso o acordo seja concluído, algo esperado para acontecer até o final do ano.
“Do ponto de vista da lei da concorrência, acho que há desafios significativos. A alavancagem que essa fusão dará à entidade resultante em termos de negociação com as emissoras será significativa e acho que a Comissão Europeia analisará esse acordo com muito cuidado”, disse o executivo.
Apesar do questionamento, Agag não pede o cancelamento da fusão. O presidente da categoria de carros elétricos acredita apenas que será necessário estabelecer remédios para garantir a justa competição no mercado.
“Não vamos tentar vender o produto no mercado de TV como um só. Há um mercado crescente para entretenimento audiovisual muito além dos esportes e esta transação aumentará a capacidade da MotoGP de competir neste mercado. Estamos confiantes de que a Comissão Europeia entenderá a natureza dinâmica do mercado e aprovará a transação”, disse anteriormente Greg Maffei, CEO da Liberty Media, ao Financial Times.
O posicionamente de Agag ocorre mesmo diante do fato de a principal acionista da Fórmula E, a Liberty Global, possuir relações com a Liberty Media. Ainda que sejam empresas diferentes, ambas possuem participação significativa do bilionário John Malone.
Não é a primeira vez que F1 e MotoGP se envolvem em fusões como esta. Antes da Liberty Media, a dona da F1 era a CVC Capital Partners. Quando adquiriu a categoria, a empresa foi obrigada a vender a MotoGP por decisão de órgãos reguladores de competição da União Europeia.
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Alejandro Agag acredita que empresa terá poder excessivo nas negociações de direitos de transmissão
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