No último dia 12, a Flutter Entertainment divulgou seus resultados para o terceiro trimestre (Q3) de 2025 e os planos para os objetivos agressivos para a Copa do Mundo de 2026. O relatório revelou detalhes sobre o desenvolvimento do trabalho da Flutter Brazil, que foi criada após a aquisição de 56% da NSX Brasil, dona da marca Betnacional, e que une as operações às da Betfair.
No terceiro trimestre de 2025, a receita da Flutter no Brasil cresceu 412% em relação ao ano anterior, impulsionada pelo desempenho recorde da Betnacional. Excluindo o efeito das aquisições, a receita caiu 18%, reflexo das exigências de recadastramento impostas pela regulamentação federal e do processo de adaptação da Betfair Brasil.
No relatório financeiro, o Brasil foi descrito como “uma oportunidade de crescimento empolgante” e reforçou que “operadores com escala e os melhores produtos conquistarão a maior fatia do mercado”. Segundo o documento, o maior portfólio de jogos e as novas estratégias promocionais ajudaram a companhia a atingir receitas recorde no país.
O grupo também destacou que pretende integrar suas ferramentas internas de precificação e gestão de risco à operação brasileira antes da Copa do Mundo de 2026, ampliando a competitividade do catálogo de apostas esportivas.
Do outro lado da moeda: Brasil gera gastos à Flutter
O desempenho brasileiro, no entanto, vem acompanhado de um aumento nos custos. O EBITDA ajustado da divisão internacional subiu 10% no trimestre, para US$ 505 milhões, mas a margem recuou 230 pontos-base, reflexo dos investimentos no Brasil e da integração das operações recém-adquiridas.
Houve, também, um aumento de 300 pontos-base no custo de vendas, reflexo direto da fase de investimento e da consolidação das aquisições, o que pressiona a rentabilidade no curto prazo. Desse número, as aquisições da italiana Snai e da Betnacional representaram 200 pontos-base do aumento de custos, enquanto os demais 100 pontos vieram de impostos mais altos e do crescimento de jogos e apostas online, que possui custos operacionais maiores que os de apostas esportivas.
Anteriormente, o CEO da Flutter International, Dan Taylor, afirmou que a compra da Betnacional está alinhada à estratégia global do grupo de garantir posições de liderança em mercados recém-regulamentados e de alto crescimento.
“O tamanho do Brasil e sua paixão por esportes tornam o país uma oportunidade única. A Betnacional adiciona ao nosso portfólio uma marca local de rápido crescimento, que complementa a Betfair Brasil”, disse.
Segundo o executivo, a integração permitirá aplicar o “Flutter Edge” – ecossistema tecnológico e de inteligência que impulsiona marcas como FanDuel, Paddy Power e Sky Bet.
“Estamos aprimorando precificação, promoções e conteúdo, e já percebemos avanços em iGaming e marketing digital. Nosso plano inclui melhorias significativas no produto esportivo nos próximos anos”, completou.
Taylor reconheceu que o mercado brasileiro está saturado, mas acredita que o grupo tem as ferramentas certas para competir: “Criamos a Flutter Brazil combinando NSX e Betfair e estruturamos a operação com talentos de alto nível de todo o grupo. Já vemos resultados rápidos em produto e marketing e acreditamos que operadores de escala com os melhores produtos liderarão o mercado”.
Flutter além do Brasil
Além da integração no Brasil, a gigante também reforça a aposta em mercados estratégicos como a Itália, com a Snai, e os Estados Unidos, com a FanDuel.
Mesmo com prejuízos contábeis decorrentes de ajustes regulatórios na Índia e de um pagamento de US$ 205 milhões à Boyd Gaming para rever acordos de mercado, a empresa elevou suas projeções para o ano: agora espera fechar 2025 com receita de até US$ 17,3 bilhões e EBITDA ajustado de cerca de US$ 3,3 bilhões.
Peter Jackson, CEO global da Flutter, reforçou o otimismo: “Estamos apresentando um desempenho consistente e consolidando posições de escala em mercados atrativos, por meio de crescimento orgânico sólido e aquisições que agregam valor. Nossa estratégia é manter a liderança em segmentos regulados e preparar o grupo para os desafios fiscais e de custo do próximo ano”.
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No último dia 12, a Flutter Entertainment divulgou seus resultados para o terceiro trimestre (Q3) de 2025 e os planos para os objetivos agressivos para a Copa do Mundo de
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