O Remo estará na Série A do Campeonato Brasileiro e planeja uma série de movimentos estratégicos para evoluir financeiramente. O clube paraense aposta em matchday, sócio-torcedor e licenciamento com caminho para chegar a um faturamento de R$ 230 milhões.
A presença de adversários de expressão nacional atrai um público maior e permite a prática de preços que elevam consideravelmente a arrecadação por partida, transformando o matchday em uma das principais linhas de receita do clube para a temporada
Ao Maquinistas, podcast da Máquina do Esporte, André Rocha, ex-CEO do Remo e atualmente parte do conselho da presidência do clube, explicou que o Estádio Mangueirão será essencial para isso.
“Trabalho muito com linhas de caixa, de gestão. A gente tem bilheteria e alimentos e bebidas. Então, isso é uma caixa. Você precisa melhorar sua operação de jogo. Quando falo de operação de jogo, você vai jogar com Flamengo, Vasco, São Paulo, Corinthians. Temos um estádio de 55 mil pessoas e isso já vai dobrar a receita”, afirmou.
O ticket médio, que já se apresentava elevado na segunda divisão, tende a crescer com a exploração de camarotes e pacotes de hospitalidade, inclusive para jogos fora de casa, aproveitando o poder aquisitivo de uma parcela da torcida.
“No dia seguinte ao acesso, já tinha fila de gente querendo comprar camarote. Vamos criar um programa também para viajar. Você começa a criar outras linhas de receita, porque o torcedor do Remo também tem um poder aquisitivo alto”, exaltou o executivo, que, na data da entrevista, ainda era CEO do Remo.
Potencial reprimido
Outras frentes de trabalho concentram-se na profissionalização do programa de sócio-torcedor e no licenciamento de marca. Os números atuais de associados são considerados baixos diante do tamanho da base de torcedores, o que indica um espaço para crescimento.
A visibilidade proporcionada pela Série A é a ferramenta para alavancar esses departamentos e dobrar o faturamento específico dessas áreas.
“Sócio-torcedor, a gente tem um sócio-torcedor com 5 mil pessoas, é baixíssimo. Essa é uma outra receita que é fantástica e precisamos profissionalizar essa linha para poder dobrar esse faturamento e ter mais recursos entrando. Você tem a loja e o licenciamento, uma outra parte que é importantíssima a gente profissionalizar isso e capitanear”, apontou André Alves.
O objetivo final dessa reestruturação financeira é atingir um orçamento que pode chegar a R$ 230 milhões. A estratégia consiste em destravar recursos que o clube considera reprimidos para reinvestir na própria estrutura do futebol, garantindo uma folha salarial competitiva e melhorias no centro de treinamento.
“O Remo trabalha com um orçamento de R$ 170 milhões, R$ 180 milhões, mas que pode ser R$ 230 milhões. Com isso você consegue ter essas premissas de investir”, concluiu Alves.
O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de André Alves, ex-CEO do Remo, estará disponível a partir da próxima terça-feira (16), às 19h (horário de Brasília), no canal da Máquina do Esporte no YouTube:
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Clube acredita que presença na elite do futebol brasileiro proporcionará impulso necessário para alcançar potencial financeiro
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