Na última quarta-feira, 1, a Comissão de Esporte (CEsp) do Senado Federal aprovou os Projetos de Lei (PL) nº 423/2025 e PL nº 434/2025, que reconhecem oficialmente o futevôlei e a altinha como modalidades esportivas no Brasil. Ambas as propostas são de autoria do senador Romário (PL-RJ).
Com a aprovação final dos textos, o futevôlei e a altinha passarão a ter respaldo legal e poderão receber investimentos públicos e privados para desenvolvimento técnico e educacional, o que abre a possibilidade, também, para investimento do mercado de apostas.
Operadoras poderão oferecer odds sobre eventos esportivos, além de abrir um leque de nichos para microapostas, patrocínios e produtos. Somado a isso, e a favor do mercado regulamentado, as modalidades entram oficialmente no radar do Sistema Nacional de Integridade Esportiva (SINAPO).
Ainda em trâmite de aprovação, o projeto referente ao futevôlei deve passar por mais um turno de votação na própria comissão antes de seguir para o plenário. Já o texto sobre a altinha segue agora para análise da Câmara dos Deputados. Ambos receberam parecer favorável do senador Chico Rodrigues (PSB-RR).
O fenômeno do futevôlei
O mundo do futevôlei não é desconhecido ao mercado de apostas e jogos online no Brasil. Em abril deste ano, a Casa de Apostas anunciou parceria com a dupla atlética Ice Man e Índio, com início na primeira etapa do Brasil Open de Futevôlei.
Já em maio, a Luck.Bet anunciou ser a patrocinadora máster do Circuito Brasileiro de Futevôlei feminino e masculino. A etapa da competição que contou com a ativação de marca foi transmitida ao vivo no canal da Liga Brasileira de Futevôlei, que alcançou mais de 590 mil visualizações. A operadora repetiu o feito em setembro deste ano, na etapa de Goiânia.

Em uma pesquisa feita pelo Ibope Repucom no ano de 2022, foi constatado que quase 50 milhões de brasileiros se interessam por futevôlei. O número engloba gêneros e idades diversas, mas a pesquisa revelou que 50% do interesse é por parte do público feminino, revelando maior equidade na modalidade.
“Ficamos surpresos positivamente com os resultados do futevôlei. Sabemos que a modalidade tem se popularizado nos últimos anos e, pela primeira vez, podemos dimensionar seu crescimento. Esperamos que esses dados contribuam no desenvolvimento do futevôlei como produto e oportunidade comercial”, afirmou Arthur Bernardo Neto, Diretor de Desenvolvimento de Negócios no Ibope Repucom.
Altinha pode tomar escalas mundiais
A altinha é derivada do futevôlei e surgiu nas praias do Rio de Janeiro nos anos 1990, mas já ganhou versões diferentes, como a altinha street. Há expectativas, inclusive, de que a altinha seja sugerida como modalidade olímpica nos próximos anos.
O esporte se popularizou, também, pela internet. Perfis que fazem a cobertura de campeonatos, como o Altinha FC, contam com quase meio milhão de seguidores. O apelo democrático chamou a atenção da geração Z em redes sociais como TikTok e Instagram, ambientes propícios para trabalho de marca de operadoras e afiliados.

Segundo Romário, a intenção por trás dos PLs é “dar visibilidade e reconhecimento a modalidades que já fazem parte da identidade esportiva e cultural do Brasil, mas ainda carecem de apoio institucional”.
A senadora Leila Barros, presidente da Comissão de Esporte, destacou o caráter simbólico da aprovação: “O Brasil é um celeiro de talentos que surgem nas praias e nas ruas. Reconhecer essas práticas é valorizar a nossa cultura esportiva e ampliar as oportunidades de formação e integração social”, afirmou.
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Na última quarta-feira, 1, a Comissão de Esporte (CEsp) do Senado Federal aprovou os Projetos de Lei (PL) nº 423/2025 e PL nº 434/2025, que reconhecem oficialmente o futevôlei e 
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