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Sucesso de audiência e segundo conteúdo mais assistido da televisão nos Estados Unidos em todos os tempos (só perde para a chegada do homem à Lua, em 1969), o Super Bowl LVIII também impactou milhões de pessoas no Brasil, mas com resultados paradoxais.
A Rede TV!, única emissora da TV aberta a exibir o evento, amargou apenas a quinta colocação no ranking da Kantar Ibope, durante a transmissão do jogo, com 0,3 ponto de média no Painel Nacional de Televisão (PNT), que analisa os 15 principais mercados do país.
De acordo com o instituto de pesquisa, cada ponto de audiência no PNT equivale a 253.273 domicílios ou 658.194 indivíduos. Neste caso, o índice obtido pela Rede TV! representa pouco menos de 76 mil residências ou 197,4 mil espectadores.
Em comunicado divulgado à imprensa, a emissora alega ter registrado um alcance de mais de 2,3 milhões de pessoas com a transmissão do Super Bowl LVIII, mas não especifica qual foi a metodologia utilizada para estabelecer esse índice.
Já na ESPN, que transmite a NFL para o Brasil há mais de 20 anos, a transmissão do Super Bowl LVIII cresceu 19% em relação ao evento de 2023, considerando o total de domicílios com acessos à TV paga.
Durante a exibição do duelo entre Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers, o canal do grupo Disney também liderou a audiência na TV paga, com índices 76% superiores aos do segundo colocado. E, considerando apenas os canais fechados do segmento de esportes, essa diferença chegou a ser de 294%.
Além disso, a ESPN ainda conseguiu uma audiência 550% superior à registrada pela Rede TV! com a transmissão do Super Bowl de 2024. O detalhe interessante é que o canal esportivo tem um alcance potencial consideravelmente menor ao da emissora emissora de sinal aberto, justamente por não ser gratuito e depender da assinatura do telespectador, e, mesmo assim, registrou índices bem maiores que os da concorrente da TV aberta.
A explicação para este fenômeno pode estar relacionada a dois fatores principais. O primeiro deles é que futebol americano ainda é um produto de nicho no Brasil e isso coincide com uma das características da TV por assinatura, que é trabalhar de maneira mais eficaz com esse tipo de conteúdo, ao contrário da TV aberta, que tende a dar mais resultado com programas ou eventos mais abrangentes e populares, ou seja, que buscam alcançar as massas.
Já o segundo se resume aos mais de 20 anos em que a ESPN transmite NFL para o Brasil. Isso porque, nesse período, o veículo conseguiu familiarizar grande parte do atual público brasileiro com a modalidade, o que fidelizou essas pessoas nas transmissões de futebol americano do canal e, praticamente, transformou a emissora na principal mídia sobre o esporte do país.
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Transmissão do canal esportivo do grupo Disney registrou índices 550% superiores aos do concorrente da TV aberta
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