Volume de transações financeiras do setor de apostas volta a crescer após queda de 76% no primeiro mês da regulamentação

Segundo levantamento da financeira Pay4Fun, o ritmo de recuperação acelerou após meses de adaptação à nova regulação.


Quando o mercado brasileiro de apostas online passou a operar de forma regulada em janeiro deste ano, houve um período de adaptação que refletiu em uma queda acentuada no volume de transações financeiras desse setor. De acordo com um levantamento da Pay4Fun, uma companhia de pagamentos que oferece soluções para empresas de igaming, a redução de transferências no primeiro mês do ano foi de 76% em relação à média mensal registrada em 2024.

De acordo com dados da Pay4Fun, o segmento de jogos online teve uma retração superior a 90% em fevereiro. Entretanto, no decorrer dos meses e da adaptação do mercado às novas exigências regulatórias, esse índice apresentou melhoras progressivas.

Em março, por exemplo, a redução foi de 22% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A partir de abril, o crescimento acelerou, com um registro de alta de cerca de 1.973% nas transações. Em maio, o volume se estabeleceu e o índice positivo foi de 115%.


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Veja também: Tributação das bets rendeu arrecadação de R$ 3,8 bilhões ao governo federal no 1º semestre

De acordo com a empresa de pagamentos, o levantamento foi feito com base nos dados divulgados pelas plataformas de apostas legalizadas no país e que utilizam os serviços da Pay4Fun.

A financeira atribui essas mudanças no reflexo de operações bancárias com a necessidade de os usuários das plataformas de apostas precisarem se adaptar a novas exigências para utilizar as contas, como o envio de documentos, reconhecimento facial e vinculação de contas bancárias.

“A queda inicial foi um ajuste natural diante da nova realidade. A regulamentação veio para dar ordem a um segmento que, até então, operava de forma irregular e separar os legais dos ilegais. O mercado mostrou que está se adaptando, com as plataformas adequando seus sistemas e processos para cumprir as novas regras, e isso traz segurança para apostadores e operadores”, explicou Leonardo Baptista, CEO da Pay4Fun.

A empresa financeira acredita que a tendência é de crescimento no volume de transferências. A companhia estima que haja um aumento entre 20% e 30% no volume total de apostas até o final do ano.

Apostas online podem movimentar R$ 270 bilhões em 2025

Dados do Banco Central revelam que, no primeiro trimestre de 2025, sites de apostas online receberam em média R$ 22 bilhões por mês ( USD 4 bi), estimando-se um total de R$ 270 bilhões (USD 49 bi) até o final e 2025, volume equivalente a 84% do varejo de carne bovina em 2024 (R$ 321 bilhões, USD 58 bi).

Conforme reportagem do Infomoney, boa parte vem do lazer. Pesquisa Datafolha/FGV com 2.600 domicílios mostra que 29% reservam parte do valor do fim de semana para apostas; 18% cortaram carne ou almoço fora para manter a banca. Entre quem ganha até dois salários mínimos, o gasto médio mensal é de R$ 87 (USD 15,9), valor próximo ao preço de uma grelha simples.

O BC estima que 20% da massa salarial nacional passa por apostas ao menos uma vez ao ano. O número de usuários ativos nas plataformas Bet365, Blaze e PixBet cresceu 62% no último ano, segundo a Sensor Tower. Em abril de 2025, dois apps de bets estavam entre os cinco mais baixados da categoria “Finanças” na App Store, em 2021, não havia nenhum.

Relatórios da PicPay Store indicam picos de depósito às sextas, entre 15h e 20h, horário típico de compras para o churrasco. O Ibope Repucom registrou R$ 1,1 bilhão (USD 201 milhões) em patrocínios de casas de aposta até junho, 40% a mais que frigoríficos e cervejarias juntos.

Embora o IPCA de carnes tenha subido 6,7% nos últimos 12 meses (abaixo dos 7,3% de alimentos), o consumo per capita de bovinos está 18% abaixo de 2014. O volume de cerveja premium caiu 7% no semestre, enquanto vendas de créditos pré-pagos para entretenimento digital cresceram 15%, categoria onde se encaixam as bets.

Segundo levantamento da financeira Pay4Fun, o ritmo de recuperação acelerou após meses de adaptação à nova regulação.

Quando o mercado brasileiro de apostas online passou a operar de forma regulada em janeiro deste ano, houve um período de adaptação que refletiu em uma queda acentuada no volume de transações financeiras desse setor. De acordo com um levantamento da Pay4Fun, uma companhia de pagamentos que oferece soluções para empresas de igaming, a redução de transferências no primeiro mês do ano foi de 76% em relação à média mensal registrada em 2024.

De acordo com dados da Pay4Fun, o segmento de jogos online teve uma retração superior a 90% em fevereiro. Entretanto, no decorrer dos meses e da adaptação do mercado às novas exigências regulatórias, esse índice apresentou melhoras progressivas.

Em março, por exemplo, a redução foi de 22% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A partir de abril, o crescimento acelerou, com um registro de alta de cerca de 1.973% nas transações. Em maio, o volume se estabeleceu e o índice positivo foi de 115%.

Veja também: Tributação das bets rendeu arrecadação de R$ 3,8 bilhões ao governo federal no 1º semestre

De acordo com a empresa de pagamentos, o levantamento foi feito com base nos dados divulgados pelas plataformas de apostas legalizadas no país e que utilizam os serviços da Pay4Fun.

A financeira atribui essas mudanças no reflexo de operações bancárias com a necessidade de os usuários das plataformas de apostas precisarem se adaptar a novas exigências para utilizar as contas, como o envio de documentos, reconhecimento facial e vinculação de contas bancárias.

“A queda inicial foi um ajuste natural diante da nova realidade. A regulamentação veio para dar ordem a um segmento que, até então, operava de forma irregular e separar os legais dos ilegais. O mercado mostrou que está se adaptando, com as plataformas adequando seus sistemas e processos para cumprir as novas regras, e isso traz segurança para apostadores e operadores”, explicou Leonardo Baptista, CEO da Pay4Fun.

A empresa financeira acredita que a tendência é de crescimento no volume de transferências. A companhia estima que haja um aumento entre 20% e 30% no volume total de apostas até o final do ano.

Apostas online podem movimentar R$ 270 bilhões em 2025

Dados do Banco Central revelam que, no primeiro trimestre de 2025, sites de apostas online receberam em média R$ 22 bilhões por mês ( USD 4 bi), estimando-se um total de R$ 270 bilhões (USD 49 bi) até o final e 2025, volume equivalente a 84% do varejo de carne bovina em 2024 (R$ 321 bilhões, USD 58 bi).

Conforme reportagem do Infomoney, boa parte vem do lazer. Pesquisa Datafolha/FGV com 2.600 domicílios mostra que 29% reservam parte do valor do fim de semana para apostas; 18% cortaram carne ou almoço fora para manter a banca. Entre quem ganha até dois salários mínimos, o gasto médio mensal é de R$ 87 (USD 15,9), valor próximo ao preço de uma grelha simples.

O BC estima que 20% da massa salarial nacional passa por apostas ao menos uma vez ao ano. O número de usuários ativos nas plataformas Bet365, Blaze e PixBet cresceu 62% no último ano, segundo a Sensor Tower. Em abril de 2025, dois apps de bets estavam entre os cinco mais baixados da categoria “Finanças” na App Store, em 2021, não havia nenhum.

Relatórios da PicPay Store indicam picos de depósito às sextas, entre 15h e 20h, horário típico de compras para o churrasco. O Ibope Repucom registrou R$ 1,1 bilhão (USD 201 milhões) em patrocínios de casas de aposta até junho, 40% a mais que frigoríficos e cervejarias juntos.

Embora o IPCA de carnes tenha subido 6,7% nos últimos 12 meses (abaixo dos 7,3% de alimentos), o consumo per capita de bovinos está 18% abaixo de 2014. O volume de cerveja premium caiu 7% no semestre, enquanto vendas de créditos pré-pagos para entretenimento digital cresceram 15%, categoria onde se encaixam as bets.

  


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