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Ednaldo Rodrigues parece fadado a ir do céu ao inferno, e vice-versa, em prazos muito curtos. No fim de março deste ano, depois de tratorar a tentativa de candidatura do ex-jogador Ronaldo Fenômeno (que não conseguiu reunir uma assinatura sequer de dirigentes), o cartola baiano foi reeleito por unanimidade para presidir a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até 2030.
Pouco mais de um mês desde alcançar esse resultado histórico, Rodrigues se vê mais uma vez apeado do cargo pela Justiça.
Em decisão proferida nesta quinta-feira (15), o desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou o afastamento de toda a diretoria da CBF.
Talvez por ironia do destino, mais uma vez caberá a alguém com sobrenome Sarney conduzir a situação em um momento dramático da história brasileira. No caso, Fernando, um dos filhos de José, homem que, em 1985, recebeu a incumbência de comandar a nação após Tancredo Neves, recém-escolhido presidente pelo Colégio Eleitoral, adoecer na data da posse e morrer dias depois.
O desembargador Zefiro decidiu que Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF, deverá realizar eleição para os cargos diretivos da entidade, na condição de interventor, o mais rápido possível.
Muitos deverão se lembrar de que esta não é a primeira vez que Ednaldo cai por força de uma decisão do TJ-RJ. Foi assim também no ano passado, quando, inclusive, houve uma forte mobilização pela realização de novas eleições na CBF.
No fim das contas, o dirigente soube fazer valer de seu bom trânsito junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão. Ao mesmo tempo, conseguiu apoios da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que ameaçaram sancionar o país por conta da ingerência estatal no esporte.
À época, as duas entidades ameaçaram excluir as seleções brasileiras e mesmo os times do país de competições internacionais oficiais.
De volta à presidência, Rodrigues conseguiu ampliar seus poderes e domar a cartolagem, incluindo dirigentes que tentavam viabilizar uma nova alternativa de poder na CBF.
Hoje, porém, o cenário aparenta ser distinto. A Máquina do Esporte apurou que Ednaldo está cada vez mais isolado no poder.
O que pode acontecer a Ednaldo Rodrigues
Um dia antes de sair a decisão que o afastou do comando da CBF, Ednaldo esteve no Paraguai para o jantar oficial que antecede a abertura do 75º Congresso da Fifa, realizado no país sul-americano.
Um dado curioso é que a CBF não é representada no evento por Ednaldo, mas sim pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira.
A possibilidade de eventuais sanções da Fifa e da Conmebol por conta da suposta intervenção estatal na CBF representa hoje, talvez, o maior trunfo de Ednaldo para seguir no poder.
Neste ano, porém, a conjuntura é mais adversa para o presidente destituído da CBF. Além da decisão adversa no TJ-RJ, onde ele historicamente tem sofrido derrotas, Ednaldo enfrenta uma série de denúncias internas na entidade.
Uma delas envolve o caso da suposta falsificação da assinatura de de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, ex-presidente e atualmente um dos vice-presidentes da CBF, em um acordo homologado em 21 de fevereiro deste ano no próprio STF, que assegurou a manutenção de Ednaldo no poder.
No último dia 7, o ministro do STF Gilmar Mendes chegou a negar duas petições (sendo uma delas de Fernando Sarney) que pediam o afastamento de Ednaldo da presidência.
Na atual decisão do TJ-RJ, o desembargador Zefiro leva em conta uma matéria publicada pelo colunista Léo Dias, que trouxe um laudo médico sobre o quadro de saúde de Coronel Nunes, que, desde 2018, enfrenta um câncer no cérebro.
O magistrado entendeu que “há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade”.
Denúncias internas
O caso de falsificação é uma das denúncias que Ednaldo enfrenta internamente na CBF. A Máquina do Esporte também apurou que ele é alvo de uma série de acusações de assédio moral contra funcionários da instituição.
Nos últimos tempos, o Ministério Público do Trabalho (MPT) estaria ouvindo de cinco a seis funcionários ao dia, acerca dessas queixas.
A terceira denúncia interna contra Ednaldo envolve gestão temerária, por conta de promessas de campanha não cumpridas pelo presidente.
Fontes ouvidas pela reportagem informaram que o presidente teria promovido mudanças no estatuto da entidade em 2024, que reduziram os poderes dos vices e da diretoria.
Apesar de ter recebido anuência das federações, as alterações seriam mais um exemplo do clássico “assinou sem ler”.
No portal de Governança da CBF o estatuto de 2024, com as cerca de 40 mudanças que ampliam o poder de Ednaldo, não está disponível. A versão que pode ser acessada pelo público é ainda a de 2022.

De acordo com as fontes ouvidas, dirigentes das federações estaduais estariam “alucinados e se sentindo traídos” com essa situação.
A expectativa das pessoas consultadas pela reportagem é de que o prazo de permanência de Ednaldo no poder deverá se esgotar, no máximo, até o dia 28 deste mês.
Isto porque o Conselho de Ética da CBF costuma ser ágil em suas decisões. Ainda não há uma data marcada para o órgão se reunir.
Porém, as chances de Ednaldo perder o cargo em definitivo são reais. E, nesse caso, não haveria como alegar ingerência estatal na entidade esportiva. Se isso ocorrer, nem mesmo o prestígio técnico italiano Carlo Ancelotti será capaz de salvá-lo.
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Cerca de um mês após ter sido reeleito por unanimidade na entidade, cartola perde apoio dos aliados, em meio a uma série de denúncias
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