Confira ainda:
- - Curso Técnico Avançado em Marketing de Afiliados para Jogos e Apostas Online
- - 11 aplicativos para acompanhar resultados e assistir futebol no seu celular
- - Trader Esportivo: Como ganhar dinheiro assistindo jogos de futebol
- - Monetizando com cassinos online através da Avante Network
- - O Manual Definitivo para Apostas em Futebol
O Atlético de Madrid tem um novo patrocinador. Na tarde desta quarta-feira (30), o clube que disputa a LaLiga anunciou a marca Visit Rwanda, do Conselho de Desenvolvimento de Ruanda, como sua nova parceira.
O acordo será válido até junho de 2028. Inicialmente, a logo de Visit Rwanda ocupará a parte frontal dos uniformes de treinamento e aquecimento da equipe principal masculina, nas partidas do clube pela LaLiga e o Mundial de Clubes.
A partir da próxima temporada, Visit Rwanda estará nas roupas de treinamento e aquecimento do time principal feminino, além do verso dos kits oficiais de jogo de ambas as equipes.
A marca africana também estará visível em diferentes mídias do Estádio Riyadh Air Metropolitano, bem como nas plataformas digitais do clube, e participará de ativações para os torcedores.
“Estamos sempre à procura de parceiros com solvência global, ligados ao futebol e o Visit Rwanda é um exemplo disso. É um país em constante crescimento e estou convencido de que ambos nos beneficiaremos dessa parceria”, disse Óscar Mayo, diretor-geral de receitas e operações do Atlético de Madrid.
Por que Ruanda patrocina clubes bilionários?
Palco de um dos maiores genocídios da história mundial recente, que resultou em cerca de 1,1 milhão de mortes em 1994, Ruanda é um dos países mais pobres do planeta.
Considerando-se dados consolidados de 2022, seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) era o 161º do mundo, com 548 pontos, o que é considerado baixo. Em 2024, seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita por Paridade de Poder de Compra (PPC) foi de US$ 3.367, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional.
De acordo com o último relatório Delloite Football Money League, o faturamento do Atlético de Madrid ao longo do ano passado, que alcançou US$ 463 milhões, representa mais de oito vezes tudo o que economia de Ruanda irá gerar neste ano.
Mesmo diante desse cenário de penúria, o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ruanda tem procurado investir maciçamente em patrocínios a clubes ricos da Europa.
Hoje, além de Atlético de Madrid, Visit Rwanda possui parcerias com: Bayern de Munique, da Bundesliga alemã; PSG, da Ligue 1 francesa; e Arsenal, da Premier League inglesa.
O fato é que o governo de Ruanda tem trabalhado nos últimos tempos para mudar a imagem global do país (muito ligada ao genocídio e à miséria) e impulsionar sua economia.
Localizada às margens dos Grandes Lagos Africanos e lar de uma rica biodiversidade (incluindo espécies como o gorila-da-montanha), a nação africana conta com três grandes parques nacionais e tem apostado no turismo, como forma de ampliar suas divisas.
“Esta parceria histórica com o Atlético de Madrid reflete a ambição de Ruanda de se posicionar como um destino global de oportunidades, aventura e talento. Os valores de resiliência e excelência do Atlético de Madrid refletem de perto a própria trajetória do Ruanda e, juntos, abriremos novos caminhos para o crescimento do turismo, promoção de investimentos e desenvolvimento da juventude por meio do esporte”, afirmou Jean-Guy Afrika, CEO do Conselho de Desenvolvimento de Ruanda.
A parceria com os clubes bilionários é uma forma de colocar o país em evidência, em um contexto positivo. Ainda assim, porém, as parcerias por vezes geram atritos.
Neste ano, um grupo de torcedores do Arsenal lançou uma campanha para criticar o patrocínio de Visit Rwanda. Denominada “Visit Tottenham”, ela não está restrita às redes e conta até com mídias físicas espalhadas por Londres, na Inglaterra.
Mais guerra
Os criadores da campanha criticam o governo de Ruanda pelo apoio ao Movimento 23 de Março (M23), grupo militar que opera na vizinha República Democrática do Congo e é liderado pela etnia tutsi daquele país.
Os tutsis foram as principais vítimas do genocídio incentivado pelo governo hutu de Ruanda, em 1994. Desde o fim do conflito interno, porém, eles representam a principal força política dentro da Frente Patriótica Ruandesa (FPR), que governa o país desde então.
O conflito do M23 com o governo da República Democrática do Congo teve início em 2012. Apesar de registrar alguns momentos de trégua, as hostilidades levaram 180 mil pessoas a deixarem seus lares, no país.
Na visão dos torcedores que lançaram a campanha, seria preferível o patrocínio promover o Tottenham, maior rival, do que o país que patrocina um conflito na nação vizinha.
“Arsenal é um grande clube. Temos padrões. É por isso que o Visit Rwanda precisa acabar. Este é o mesmo regime que está financiando uma milícia brutal com milhares de vítimas no leste do Congo. Achamos que qualquer coisa – literalmente qualquer coisa – seria melhor do que visitar Ruanda. Até o Tottenham”, afirma a publicação feita pelo grupo no X (antigo Twitter).
A parceria do Arsenal com Visit Rwanda começou em 2018 e rende £ 10 milhões por temporada ao clube inglês. Conforme a Máquina do Esporte já publicou neste ano, PSG e Bayern de Munique também têm sido pressionados para encerrar o contrato com a marca africana.
Marca do Conselho de Desenvolvimento de Ruanda possui contratos com grandes clubes da Europa como PSG e Bayern de Munique
Participe da IGI Expo 2025: https://igi-expo.com/