O sindicato mundial de jogadores de futebol (Fifpro, na sigla em inglês) emitiu novo alerta à Fifa sobre o calor intenso durante a disputa da Copa do Mundo de Clubes. A entidade pede intervalos mais longos e mais pausas para hidratação dos atletas.
A edição inaugural do novo torneio da Fifa, com a participação de 32 equipes, foi marcada por temperaturas que às vezes ultrapassaram 40ºC nos EUA.
A programação de partidas na hora do almoço, para favorecer a transmissão dos jogos para o público europeu também não ajudou.
A Fifa tentou amenizar o problema com pausas para hidratação aos 30 minutos do primeiro tempo e 30 da segunda etapa.
“Pedimos à Fifa que não marque partidas durante os períodos mais quentes do dia. Mas a decisão final é deles”, contou Alex Phillips, secretário-geral do FifPro.
O sindicalista admitiu que o papel do Fifpro se limita a tentar influenciar a tomada de decisões. No ano que vem, os EUA serão a sede principal da Copa do Mundo de seleções. México e Canadá completam a lista de países que abrigarão o Mundial.
Com a participação de 48 seleções e ovo formato, há a possibilidade de realização de até seis partidas por dia. A Fifa ainda não divulgou o calendário de jogos, mas é de se esperar que haja duelos por volta das 12h para favorecer a audiência do torcedor europeu.
Histórico
Em 1994, quando os EUA sediaram pela primeira vez a Copa do Mundo, o horário de início das partidas na hora do almoço e à tarde, no auge do calor, era o padrão por causa do fuso europeu.
Houve uma série de reclamações, assim como ocorre 31 anos depois na Copa do Mundo de Clubes.
O Fifpro destacou que, no próximo ano, Seattle e Vancouver serão as únicas cidades-sede com baixo risco de lesões por estresse térmico, de acordo com pesquisa do Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), associação de pesquisa com sede em Indianápolis.
Sugestão
O FifPro propõe que haja um intervalo de 20 minutos em vez dos atuais 15, e pausas para hidratação a cada 15 minutos quando as temperaturas estiverem muito altas.
“A Fifa realmente modificou a forma como lida com o calor durante as partidas com base nas informações do Fifpro”, acredita Phillips.
Para ele, a federação que comanda o futebol não pensou com antecedência iniciativas para combater o calor durante os jogos.
“Mas é melhor que eles tenham se adaptado e implementado diversas medidas de mitigação. Há mais água ao redor do campo, toalhas e assim por diante. Houve uma reação positiva da Fifa, o que é bom”, destacou o sindicalista.
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Sindicato mundial de jogadores pede intervalos mais longos e pausas para hidratação dos atletas
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